Um estudo desenvolvido pela USP de Ribeirão Preto, que acompanha pessoas já infectadas pelo novo coronavírus, aponta que, em média, 60% dos pacientes têm sintomas persistentes e geralmente ligados à respiração. As causas, no entanto, ainda estão sendo pesquisadas.
Fernando Belíssimo, infectologista do Hospital das Clínicas, explicou ao Grupo EPTV, nesta segunda-feira (15), que o resultado preliminar indica que 60 em cada 100 casos de covid-19 apresentam consequências refletidas na saúde – mesmo depois de curas atestadas.
“São relativamente comuns nessas pessoas que tiveram covid-19 mais graves a persistência de tosse por várias semanas, falta de ar, dificuldade para fazer exercício físico, redução da memória, lentidão do pensamento e afins”, descreve.
Por isso, a fisioterapeuta Lívia Pimenta Bonifácio, que também participa na linha de frente do estudo, diz que o enfrentamento ativo da doença, acompanhado por profissionais da área, é de extrema importante após a contaminação.
“Esses casos que necessitam de intubação costumam precisar de mais ajuda no retorno à vida normal. Mas, a boa notícia é que a gente espera que na medida que o tempo passe e os tratamentos sejam feitos, isso melhore”, completa a especialista.
Por serem preliminares, os pesquisados continuam trabalhando no laboratório do HC de Ribeirão Preto e os resultados conclusivos devem ser divulgados nos próximos meses.