A equipe médica da penitenciária onde Elizabete Arrabaça está presa temporariamente há mais de um mês, afirmou que ela não apresenta problemas graves de saúde.
No entanto, a defesa da suspeita de matar a nora, Larissa Rodrigues, e a filha, Natália Garnica, tenta comprovar, por meio de laudos médicos particulares, que ela deveria cumprir prisão domiciliar.
Embora exame realizado no dia 4 de junho não apresente doenças graves, Elizabete informou que sofria de labirintite, doença de Parkinson e osteoporose.
A defesa já teve quatro habeas corpus negados pela Justiça, contudo, o advogado Bruno Corrêa afirma que a mulher deve cumprir prisão domiciliar, tendo em vista as doenças relatadas.
O que a gente comprova essas doenças são de laudos que ela possui, de médicos particulares, que ela possui ao longo da vida. Então, por exemplo, de doença diagnosticada no ano de 2014, 2021, ela teve cirurgia de vértebra […] Como é que um médico faz um atendimento tão superficial com um histórico comprovado de inúmeras doenças
Investigação
A Polícia Civil investiga a morte de Nathália Garnica como homicídio, depois de que Instituto Médico Legal (IML) confirmou a presença de veneno de rato em três órgãos dela, durante a exumação de seu corpo, em Pontal, a 40 quilômetros de Ribeirão Preto.
Nathália morreu em fevereiro deste ano e era cunhada de Larissa Rodrigues, morta por envenenamento com chumbinho em março, em Ribeirão.
O resultado indicou que o produto ingerido por Nathália não é o mesmo que provocou a a morte de Larissa, apesar de pertencer à mesma classe de venenos utilizados em casos de envenenamento por chumbinho, sua composição é diferente.
A conclusão do exame toxicológico, porém, contraria uma carta enviada à Justiça por Elizabete Arrabaça, mãe de vítima.
No documento, a mulher, que passa a ser apontada como a principal suspeita, afirma que Nathália teria adulterado cápsulas de omeprazol com chumbinho em uma suposta tentativa de suicídio. Segundo a versão apresentada na carta, Larissa teria consumido as cápsulas posteriormente, de forma acidental.
Condenação pode ultrapassar 30 anos
De acordo com o MP (Ministério Público), o médico Luiz Antonio Garnica, marido de Larissa, e sua mãe, Elizabete, podem ser condenados a mais de 30 anos de prisão.
O promotor Marcus Túlio Nicolino explica que em uma eventual condenação, eles podem contar com quatro qualificadoras, incluindo feminicídio e uso de veneno.
A defesa de Luiz Garnica, no entanto, afirma que até o momento não há nada que prove que o médico tenha participado da morte da esposa.
Com aquilo que tem, ele sequer pode ser denunciado por feminicídio, porque eu tenho que ter um indício ao menos concreto [a polícia] não tem absolutamente nada, até porque se tivesse já teria sido divulgado, uma conversa dele com a mãe, eles combinando alguma coisa, ele combinando de sair e a mãe chegando, é algo ilógico um médico matar a esposa com chumbinho, algo altamente detectável
Júlio Mossin
Elizabete Arrabaça e o filho Luiz Garnica estão presos temporariamente suspeitos da morte de Larissa. Eles sempre negaram participação. Os dois devem ser interrogados pela polícia na próxima semana.
*Com informações de Bruna Romão, da EPTV
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