Famílias de Ribeirão Preto, que possuem filhos com espectro autista, estão com dificuldades para continuar o tratamento na cidade, devido à falta do transporte gratuito, que foi suspenso desde o final de 2023.
A dona de casa Leila da Silva Melo e sua filha Jennifer são exemplos de pessoas que foram afetadas devido à suspensão. A garota realizava várias atividades que contribuem para o desenvolvimento na AMA (Associação de Amigos do Autista).
Sem a van que efetuava o transporte de mãe e filha, elas precisam pegar dois ônibus para ir e dois ônibus para voltar da associação, no entanto, além de ser do espectro autista, Jennifer também uma síndrome que vai atrofiando os músculos do corpo, o que dificulta a sua locomoção.
“O que nos resta agora é ônibus e a dificuldade que a gente vai enfrentar que é muito grande, porque são dois ônibus pra ir e dois pra voltar. Ela tem que levantar bem cedinho pra enfrentar dois ônibus e voltar. Judia muito dela”, disse Leila, em entrevista a EPTV.
Suspensão do serviço
A associação atende 126 famílias e 45 estão com dificuldades em ir até o local, devido à falta de transporte. De acordo com essas pessoas, a suspensão do serviço foi comunicada pela AMA no final de 2023, isso depois de anos com as vans fazendo o transporte desses alunos.
A associação alega que faltam recursos para manter esse serviço, e que o gasto estimado seria de R$ 25 mil a R$ 45 mil por mês.
Em dezembro, a AMA chegou a publicar um edital para credenciar duas vans para fazer o transporte. O serviço seria para até 40 passageiros semanais, em dois turnos, de segunda a sexta-feira, e cada contrato seria no valor de R$ 6,5 mil, no entanto, nenhuma empresa se interessou.
O que dizem os envolvidos?
Em nota enviada a EPTV, a Secretaria Municipal de Educação informou que repassa, por ano, mais de R$ 740 mil para a AMA e que o transporte é de responsabilidade da associação.
A pasta também disse que a instituição entregou o plano de trabalho de 2024 e que nele constava o transporte para alunos, portanto, entrará em contato com a AMA.
Já a associação informou que fez reuniões com os pais dos alunos para explicar a situação e que esta a disposição para conversar novamente com a prefeitura de Ribeirão Preto.
*Com informações da EPTV
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