Asma, bronquite, rinite, conjuntivite e dermatite. Essas são algumas das doenças que um tutor fumante pode causar no próprio animal de estimação, caso haja contato frequente entre eles durante o ato. Em situações mais graves, até canceres de pulmão e nas narinas.
O alerta, emitido nesta quarta-feira (29) pela Cobasi, vale tanto para cães, quanto gatos. E a nota destaca: a longo prazo, os pets podem tornar-se fumantes passivos através da inalação involuntária.
De acordo com a veterinária Roberta Silveira Fernandes, da clínica Especial Vet, o diagnóstico tem sido cada vez mais frequente em Ribeirão Preto. Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas.
“As pessoas não têm consciência e poucas admitem que fazem isso. Principalmente entre moradores de apartamento […]. Se o bicho começar a apresentar coceira excessiva, é um sinal de que a fumaça está impregnada em seu pelo. Vermelhidão nos olhos ou manchas na pele também devem ser acompanhadas por um especialista”, indica.
Os cachorros mais sensíveis a este tipo de contaminação são aqueles cujas raças já são propensas a terem crises respiratórias, como Shih-zu, Bulldog e Lhasa-apso.
Os de focinho longo podem desenvolver quadros graves através da inalação constante. Pastor Alemão e Basset são alguns exemplos.
Já os gatos, ainda de acordo com a especialista, são ainda mais afetados pelo mau-hábito do tutor. “Sabendo que eles se lambem o tempo todo, e que os pelos acumulam a nicotina expelida no mesmo ambiente, é muito provável que essa substância entre no organismo deles e causa infecções severas”, completa Roberta.
Tratamento
O tratamento, nestes casos, deve ser avaliado separadamente, por meio de exames de sangue e raio-x, antes da doença tornar-se crônica. Na maioria das vezes, os remédios sugeridos são antibióticos para inibir o crescimento ou destruir as bactérias, e antialérgicos.
“O ideal é que os responsáveis tomem consciência e, se tiverem que fumar, que seja em lugares abertos, sempre longo dos animais de estimação”, finaliza a veterinária.