Notícia atualizada às 15h15 de 18 de novembro de 2022.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu a condenação da empresária e influencer digital de Ribeirão Preto Ana Paula Ferreira Duarte, a Ana Pink. O pedido consta as alegações finais apresentadas à Justiça.
No pedido, que tem 235 páginas, a promotoria pede a condenação de Ana Pink pelo crime de organização criminosa e por ocultação de bens e valores. Pedido semelhante foi proposto ao marido da influencer, Maiclerson Gomes da Silva. Os dois foram apontados como comandantes da organização.
Gêmeas siamesas passam por 2ª cirurgia de separação no HC de Ribeirão Preto
Show da banda Raça Negra em Ribeirão Preto é adiado; Veja nova data
O casal é acusado de supostamente usar, sem autorização, o nome de 360 mil pessoas cadastradas no INSS para obterem empréstimos consignados no nome das vítimas. Quando o dinheiro caia na conta dos beneficiados, que não teriam solicitado o serviço, o casal receberia 6% de comissão, segundo o MP-SP.
De acordo com a promotoria, o esquema teria movimentado mais de R$ 13 milhões. A defesa do casal nega as irregularidades. Em abril, em entrevista à EPTV, Ana Pink disse que a atuação da empresa do casal era dentro da legalidade.
Após a apresentação das alegações finais pelo Gaeco, o juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, abriu o prazo para apresentação dos memoriais das defesas dos acusados.
Perda de bens
No documento protocolado na Justiça, os promotores do Gaeco também solicitaram a perda de bens, como os carros do casal (Land Rover/Defender, duas Mercedes-Benz/C180, Hyundai Tucson/GLS, Honda Civic/EXL), além de uma casa em um condomínio em Bonfim Paulista, uma loja em um centro comercial, entre outros.
A promotoria ainda pediu a manutenção da prisão cautelar do casal – Ana Pink está em prisão domiciliar, por conta dos filhos menores de 12 anos, e Maiclerson está detido no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão Preto.
Outro lado
O advogado Vinícius Rodrigues Alves, que defende o casal, afirmou que refuta as alegações do MP-SP e que acredita na absolvição e inocência dos clientes.