Uma pesquisa realizada com base em dados clínicos de 22 pacientes do HC-RP (Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto) aponta que o transplante de células-tronco ajuda no tratamento de casos graves de esclerose sistêmica.
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De acordo com o estudo, o tratamento ajuda na reconstituição completa do sistema imunológico e restaura a capacidade supressora dos linfócitos “B”, que são as células de defesa do organismo.
Segundo o Jornal da USP, os resultados contribuem para o entendimento da doença e sua remissão a longo prazo. Entre os resultados positivos, está a melhora nas funções pulmonares do paciente, nos movimentos articulares e diminuição do enrijecimento cutâneo provocado pelo excesso de produção de colágeno.
A médica reumatologista Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, pesquisadora do Centro de Terapia Celular (CTC) e professora da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto explica que a esclerose sistêmica é uma doença autoimune e costuma acometer mulheres com idades entre os 30 e 50 anos.
Os resultados da pesquisa realizada em Ribeirão Preto foram publicados pela Rheumatology, revista científica da British Society for Rheumatology da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em março de 2021.
A técnica que utiliza o transplante de células-tronco em pacientes com esclerose já é utilizado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto desde 2004. No entanto, ainda era preciso descobrir quais são os mecanismos imunológicos que estão envolvidos nessa resposta terapêutica, de acordo com os autores do estudo.
A pesquisa é de autoria do pesquisador João Rodrigues Lima Junior, orientado pela professora Kelen Cristina Ribeiro Malmegrim de Farias, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. A avaliação dos resultados levantados pelo trabalho foi coordenada pela professora Maria Carolina (com informações Jornal da USP).