O Governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (26) a criação de uma rede para garantir o tratamento de pacientes com o novo coronavírus (covid-19) pela transfusão do plasma de convalescente, produto obtido a partir do sangue coletado de outras pessoas infectadas com o coronavírus.
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O Hemocentro de Ribeirão Preto fará parte da rede, junto com outras instituições no estado, como HHemo, Fundação Pró-Sangue e Colsan, em São Paulo, e o Hemocentro da Unicamp, em Campinas. A nova estrutura será coordenada pelo Instituto Butantan.
O objetivo da rede de transfusão é garantir a logística necessária para coletar, distribuir e utilizar o plasma convalescente nos serviços de saúde de todo o estado. Os pilotos do projeto serão implantados em Santos e em Araraquara.
O tratamento
O plasma de convalescente, retirado do sangue de voluntários, contém anticorpos neutralizantes contra o novo coronavírus. Ele é obtido por meio de doação de sangue voluntária de pessoas que já foram contaminadas pelo novo coronavírus e que, portanto, já possuem anticorpos.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, o objetivo do tratamento é transferir ao paciente anticorpos de maneira passiva, até que o organismo afetado tenha tempo de reagir e montar a sua resposta imune, como se fosse uma vacina.
As regras para doar o plasma são as mesmas seguidas para doar o sangue: ter boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos, evitar alimentação gordurosa antes da doação e apresentar documento original com foto.
Contudo, é necessário que o doador já tenha sido diagnosticado com a covid-19 anteriormente, pelo menos, 30 dias antes do ato da doação.