O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que, durante a primavera, que começa nesta quarta-feira (22), os efeitos do fenômeno climático La Niña deve influenciar de forma modera a regularidade das chuvas, principalmente na faixa centro-norte do país.
“Estamos esperando [a ocorrência do] La Niña durante a primavera, mas [o fenômeno] deverá ser de curta duração e não muito intenso”, afirmou a coordenadora de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa do Inmet, Márcia dos Santos Seabra, durante evento virtual em que o instituto, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tratou das perspectivas climáticas para a primavera deste ano.
O prognóstico, no entanto, depende da combinação de uma série de fatores capazes de influenciar o regime de chuvas, como as temperaturas na superfície do Oceano Atlântico, em particular na área oceânica próxima à costa do Uruguai e da região Sul do Brasil.
Região sudeste
O boletim aponta que irregularidade das chuvas ao longo do trimestre na região sudeste. As previsões indicam chuvas próximas a acima da média na maior parte dos quatro estados. Desta forma, existe a possibilidade do retorno das chuvas mais regulares, a partir da segunda quinzena de outubro.
Há ainda risco de chuvas um pouco abaixo da média, para o sudeste de São Paulo [São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires, Santo André] e áreas pontuais de Minas Gerais principalmente em dezembro/2021. Devido ao aumento de dias chuvosos, as temperaturas devem permanecer um pouco da média em toda região.
Menos chuva
Embora seja um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central brasileiro, uma menor precipitação pluviométrica vem sendo registrada ano após ano, já há muito tempo, conforme apontou a meteorologista.
“Desde 1961, durante a primavera, o volume de chuvas vem caindo em todo o Brasil. Essa tendência se acentuou a partir dos anos 2000, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”, acrescentou Márcia, destacando as consequências dessa situação para a Bacia do Rio Paraná, que abrange seis estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo), além do Distrito Federal, atende a cerca de 70 milhões de brasileiros e abastece a diversos grandes reservatórios d´água da região mais industrializada do país, incluindo Itaipu. (Com informações da Agência Brasil)
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