A Polícia Civil informou na noite desta quarta-feira (20) que a mãe das crianças que foram torturados em Jardinópolis, município a 22 quilômetros de Ribeirão Preto, teria tentado esconder as agressões sofridas pelos filhos. O principal suspeito de ter cometido o crime é o padrasto das vítimas.
Caroline de Menezes Lima foi presa preventivamente. Já o companheiro dela, Deivid dos Santos segue foragido. O delegado André Baldochi disse que a polícia segue em diligencias para prender o suspeito. Em coletiva de imprensa, o delegado afirmou que as agressões teriam ocorrido na quarta-feira (13), sendo que o caso só foi registrado dois dias após o crime, na sexta-feira (15).
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“De fato, nesta vez, tudo indica que a mãe não estava. No entanto, a agressão havia ocorrido na quarta-feira, e o caso chegou para nós na sexta-feira. E a mãe, depois de quarta-feira, ficou com as crianças, tentou esconder da família, e só viu que a situação era grave quando foi no hospital e não conseguiu mais esconder”, disse Baldochi.
O delegado ainda citou que os exames realizados pelas crianças constataram lesões antigas e que o Conselho Tutelar também informou que há agressões anteriores. “Demonstrando que a mãe, no mínimo, era omissa”, afirmou.
Baldochi ainda afirmou que a mãe sempre se contradisse em algumas questões investigadas. “Ora falando que o próprio padrasto passou maquiagem, ora falando que quando ela viu que eles não estavam tão machucados e que o inchaço e os edemas teriam ocorrido posteriormente, o que não é possível”.
Durante a coletiva o delegado contou que Caroline continuou conversando com o padrasto, mesmo após ele ter fugido. “Nós estamos monitorando e ela manteve conversa, inclusive hoje, nós conversamos com ela, e ela disse que falou com ele duas ou três vezes, demonstrando que eles estão juntos e que ela está alheia aos fatos”.
Outro lado
Segundo a Polícia Civil, a mãe das crianças nega participação nas agressões. As defesas de Caroline de Menezes Lima e Deivid dos Santos não foram encontradas para comentar o caso.
Na última sexta-feira (15), em entrevista à EPTV, Carolina informou que soube que os filhos haviam sido agredidos quando chegou em casa após o trabalho.
“[Eles contaram] que ele bateu com a melissa (sandália) na cabeça e fez assim (colocou a mão na boca), para eles não chorar. O vizinho da minha casa disse que escutou ele batendo e eles chorando”, disse na ocasião.
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