O motorista que atropelou uma mulher de 57 anos em cima da calçada na noite do domingo (7), no Centro de Ribeirão Preto, negou que estivesse bêbado no dia do acidente. O atropelamento foi gravado por uma câmera de segurança.
Em entrevista ao jornal da EPTV, o homem de 30 anos, que prefere não ser identificado, disse que estava na casa de um amigo, no Jardim Sumaré, e que voltava para a casa dele, quando diz ter perdido o controle da direção e atropelado a mulher.
“Não sei o que aconteceu. Só sei que abriu o sinal para mim, eu virei o carro, no que eu fui virar o carro eu virei muito aberto, perdi o controle, invadi a calçada e bati diretamente no muro. Por a senhora estar lá na calçada, infelizmente aconteceu essa tragédia”, disse.
“Não bebi nada. Assim que o pessoal me tirou do carro, todo mundo começou a me bater, me espancar. Estou com o olho todo inchado, a boca toda inchada e eu pedindo pelo amor de Deus para parar de me bater até que enfim chegou a Polícia Militar do local e me tirou daquele tumulto”, complementa.
Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto nesta segunda (8) pela Justiça após audiência de custódia e deverá seguir medidas cautelares como comparecimento aos atos do processo e manutenção do endereço atualizado. O caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.
Exame toxicológico
O motorista disse também que só foi submetido ao teste clínico. “Na delegacia só foi uma moça lá, que eu me lembro, mandou eu ficar em pé e cruzar as pernas. Mas não o exame toxicológico, só isso que fizeram. Fiquei lá em pé normal, fiquei com a perna erguida e só”, disse.
O delegado Alexandre Jorge Daur Filho, que determinou a prisão dele, explicou que o exame foi feito dentro de todas as especificações técnicas por uma médica na Central de Polícia Judiciária. Informou também, que o procedimento tem vários níveis e que a conclusão da especializada era de que o rapaz estava embriagado com a capacidade psicomotora alterada.
Vitima
A vítima, Adriana Zuchi está internada em estado grave em um hospital particular e deverá passar por uma cirurgia no rosto nos próximos dias. Ela teve fraturas nas duas pernas, nos dois braços, bacia,
clavícula, maxilar, joelho, nariz, punho, ossos da face, além de três vértebras e dentes.
A irmã de Adriana, Suzana Zucchi Teixeira, disse em entrevista à EPTV, que a família ficou muito abalada. “É revoltante, porque ela estava voltando do trabalho, ela entrou na farmácia para comprar um medicamento e atropelou em cima da calçada. Não bastasse ter atropelado, ele voltou, deu ré em cima dela”, afirma.
Ela ainda disse que a legislação de trânsito precisa ser mais severa. “As leis existem, mas elas têm que ser cumpridas, serem mais severas, senão isso vai ficar acontecendo a todo instante. Hoje foi a minha irmã, amanhã vai ser a irmã de outra pessoa”, conclui.