Um policial civil de Franca, município 88 quilômetros de Ribeirão Preto, é suspeito de ter cometido abuso sexual contra três mulheres. Uma delas denunciou um estupro, que teria acontecido dentro de uma delegacia.
“Eu não estou dormindo, eu não estou comendo, eu estou vomitando. A noite para mim, é o pior”, afirma a mulher de 22 anos em entrevista à EPTV. Ela conta que havia sido intimada a comparecer a delegacia, porque tinha perdido os documentos pessoais. Mas, quando chegou lá, foi obrigada a entregar o celular.
“Ele perguntou onde era a minha galeria, perguntando se tinha fotos pessoais minhas e eu disse que sim. Perguntou se eu era casada, então eu achei que ele estava averiguando outras coisas. Ele abriu uma foto intima minha, me mostrando ela, perguntando se eu era daquele jeito mesmo, se eu era bonita mesmo e eu disse para ele que ele estava me desrespeitando”.
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Ela conta que foi estuprada e ameaçada. “Ele deu a volta na mesa, trancando a porta que já estava fechada, pegou no meu braço, ele fez com que eu fizesse sexo oral, ele enfiou a mão na mão dentro das minhas calças, tanto na frente, quanto atrás e o tempo todo com a mão na arma me ameaçando, falando que sabia onde eu trabalhava, que sabia onde eu morava e que era casado”, disse.
Depois deste caso ser denunciado, outras duas mulheres procuraram a Polícia Civil e apresentaram denúncias parecidas. A advogada que acompanha as vítimas disse que outra mulher sofreu abuso em 2020. O outro caso teria acontecido em 2018.
“Um advogado de São Paulo entrou em contato, relatando que em 2020 ele havia sido procurado por uma vítima de Franca que também tomou ciência do fato recente e que o caso que ele havia assistido era exatamente igual e que essa vítima tornou procurar ele, informando o desejo de representar contra o acusado”, afirma a advogada Katia Teixeira Viegas.
Outro lado
Por meio de nota, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que a Corregedoria da Polícia Civil já instaurou um processo administrativo para investigar o caso e que o policial será transferido de função. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades, porque o processo corre em sigilo (Com EPTV).