Esse termo foi cunhado pela XP Investimentos, em 2015, com o objetivo de mostrar que em outros países com mercado financeiro mais maduro, as pessoas não fazem investimentos através do banco, mas sim por meio de plataforma independentes. Hoje, o termo foi ampliado e inclui todas as “fintechs” que competem com bancos em vários segmentos, não só em investimentos. Porém, apesar do mercado já ter mudado bastante, as pessoas ainda preferem os “bancões” pelo argumento de segurança.
Bancos tradicionais hoje são vistos como um modelo ultrapassado de negócio. Não é por acaso que os 5 maiores e mais conhecidos do Brasil, estão fechando agências, demitindo funcionários e tentando levar a experiência para o digital via aplicativo ou site. Entretanto, ainda cobram caro do cliente. Taxas bancárias para tudo e indicação de investimentos que fazem mais sentido para o banco do que para o cliente.
A desbancarização veio forte com o objetivo de entregar uma melhor experiência. Não é à toa que o Nubank já é o 4º maior banco da América Latina com a proposta de eficiência e 0 taxas. A XP deixou de ser apenas corretora para se tornar uma holding financeira que inclui 3 corretoras, um banco e outras empresas. Além de que o Itaú adquiriu 49% da XP em 2017, dando um selo de aprovação para o mercado que era desconfiado.
É importante entender que o risco principal não é aonde está a custódia do recurso, mas sim aonde está investido. Imagine que para comprar um imóvel, você procure uma imobiliária e adquira o imóvel escolhido. O que acontece com a propriedade se a imobiliária quebrar? Nada. Da mesma forma com investimentos. Se estiver bem alocado, não importa se a corretora quebre, pois basta solicitar a transferência de custódia.
Embora haja risco envolvido em investir, é uma das melhores maneiras de começar a ter uma evolução patrimonial. Conforme você investe, é importante lembrar que os mercados podem subir e descer. Você provavelmente obterá os melhores resultados resistindo aos tempos difíceis e deixando seu dinheiro no mercado. Um assessor de investimentos pode ajudá-lo a entender a dinâmica do mercado e a tomar melhores decisões financeiras.
Um bom assessor ouvirá seus objetivos e compreenderá a quantidade de risco que você está disposto a correr para que possam encontrar produtos que correspondam a esses objetivos
Vale destacar que se o recurso estiver na poupança e na conta corrente do banco (ou outra instituição financeira) e a instituição quebrar, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) só vai proteger 250 mil somados e não terá a opção de transferir a custódia. Logo, passa uma falsa sensação de segurança pelo tamanho das corporações.
Se ainda estiver com dúvida se investe ou não via corretoras independentes, pense nos profissionais, nos bancários. Pessoas com carreiras estabelecidas (gerentes, superintendentes, etc), ou até mesmo concursados de bancos públicos, estão trocando de instituição para recomeçarem suas carreiras. Entendem que na corretora possuem maior liberdade para oferecer, de fato, o que é melhor para o cliente e o que vai desenvolver o patrimônio do investidor no longo prazo.