Embora pareça mais comum em adultos, o índice de diagnósticos relacionados ao colesterol alto em crianças tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e ligado o sinal de alerta para o sedentarismo na infância. Contudo, a herança genética também pode ser apresentada como causa.
É o que explicou Fernando Nobre, cardiologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, ao jornal da EPTV nesta quarta-feira (17).
De acordo com o especialista, a hipercolesterolemia familiar, ou simplesmente HF, passou a ser discutida entre os pesquisadores com mais frequência e desenvolvida em estudos específicos para o controle dos sintomas – como, por exemplo, dos níveis elevados de gordura no sangue.
Para entender melhor do que se trata essa doença – de nome difícil e relativamente pouco falada entre a sociedade comum – a seção ON Explica trouxe mais detalhes. Veja abaixo.
O que é HF?
Em publicação recente, a Associação HF ressaltou que a hipercolesterolemia familiar é, basicamente, uma condição que altera o processo de absorção do colesterol no sangue e produz falhas genéticas desde os primeiros anos de vida. E que, por enquanto, ainda não tem cura.
As orientações de controle, porém, são perfeitamente bem empregadas e podem garantir boa qualidade de vida aos pacientes. Uma alimentação balanceada, prática frequente de exercício físico e acompanhamento indispensável com um profissional da área são as indicações mais certeiras.
“Este colesterol alto no sangue provoca acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Quando não tratados adequadamente, sofrem infarto ou AVC antes dos 50 anos de idade”, informou a associação. Por isso o diagnóstico precoce e ainda na infância é tão importante.
“Quando é detectado colesterol em crianças, toda a família precisa ser avaliada por um médico de confiança, porque isso pode ser hipercolesterolemia familiar e a conduta a ser tomada a partir daí é o que vai definir a saúde dos pacientes”, completou o cardiologista Fernando Nobre.