O Banco ABC Brasil promoveu uma palestra com o engenheiro agrônomo Marcos Fava para um seleto grupo de empresários do agronegócio da região de Ribeirão Preto (SP). O encontro destacou os principais números, inovações e perspectivas do setor, reforçando o papel estratégico da região como um dos polos de decisão e tecnologia do agro no país.
Doutor pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Marcos Fava apresentou dados que confirmam o protagonismo do Brasil no cenário global. O país é o maior exportador mundial de produtos agropecuários, liderando a produção de açúcar, suco de laranja e café, além de ocupar a segunda posição em carne bovina, etanol e celulose e a terceira em carne de frango, fumo, algodão e milho.
“Também temos ampliado consideravelmente nosso mercado exportador”, segundo o especialista, apresentando dados sobre a diversificação dos países que passaram a comprar nossos produtos de 2000 para 2024: um aumento de 30% nas vendas para a China, 14% para a União Europeia, 7% para os EUA, 3% para a Indonésia e 2% para 11 outros países.
Para acompanhar tanta mudança – do mercado global à Inteligência Artificial, definitivamente presente no campo –, o Banco ABC Brasil tem dado destaque ao Return on Relationship (RoR).
“O RoR reforça a ideia de que relações de confiança e longo prazo geram resultados consistentes, tanto para o cliente quanto para o banco”, segundo Daniel Credidio, vice-presidente comercial do Segmento Middle & Vertical Agro.
Na prática, o RoR significa entender o momento de cada parceiro, oferecer soluções personalizadas e agir com velocidade e visão estratégica, diferenciais cada vez mais valorizados em um mercado dinâmico e competitivo.
“Mais do que um indicador, ele reflete um modelo de atuação em que o relacionamento é o principal ativo, porque é a partir dele que surgem boas oportunidades, negócios sustentáveis e crescimento mútuo”, explica Daniel.









Para ele, proximidade e relacionamento são mais do que valores: são formas de atuar.
“Nosso time está presente no campo, nas cooperativas e nas empresas, acompanhando de perto o dia a dia dos clientes. Isso nos permite compreender as necessidades reais e oferecer soluções sob medida, que façam sentido para cada negócio e para cada fase do ciclo produtivo”.
Credidio conta que o banco tem clientes em Ribeirão Preto desde que foi fundado, há 35 anos.
“Ribeirão é um polo importantíssimo para nós. Por isso, contamos com uma equipe especializada aqui, o que nos garante presença ativa, agilidade e entendimento real das demandas locais. Essa proximidade faz parte do nosso DNA e é o que nos permite atuar com inteligência e gerar valor em todas as etapas da cadeia do agro”.
Já Rodrigo Cordeiro, vice-presidente de Produtos e Inovação do banco, destacou que a entidade intensificou sua presença em todo o segmento agro nos últimos anos, com um olhar atento para produtores rurais, pecuária, cooperativas, agroindústrias e grupos do setor produtivo, além de uma atuação expressiva no setor sucroalcooleiro e no setor de etanol de milho.
“Em julho de 2025, estruturamos oficialmente a Vertical Agro, reforçando o compromisso de unir inteligência de negócios, sinergia e soluções sob medida para cada elo da cadeia. Nosso propósito é claro: ir além do crédito, atuando como um parceiro estratégico no desenvolvimento sustentável e no crescimento de longo prazo do agronegócio brasileiro”.
Anselmo Ribeiro, head do Segmento Agro do Banco ABC Brasil, acrescenta que a entidade oferece linhas de crédito e assessoria específicas para o agro; financiamento para Garantia de Preços ao Produtor, seguros específicos para cobrir desde fatores climáticos a créditos contratados, além de linhas de proteção de preços, de indexação de commodities e de moedas, entre outros.
“No caso do tarifaço imposto recentemente pelos Estados Unidos, protegemos nossos clientes exportadores dos produtos sobretaxados. Ajudamos nosso cliente a fixar seu preço e, ao mesmo tempo, a utilizar os recursos disponibilizados pelo Governo Federal, via programa Brasil Soberano, criado pelo BNDES para minimizar os impactos do tarifaço”, exemplificou.
Formado na FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP de Ribeirão Preto, Anselmo conta com orgulho que foi aluno do professor Marcos Fava e que a região de Ribeirão Preto tem importância fundamental para o segmento no país.
“Segundo nossas análises, esperamos que o ritmo de crescimento do setor seja acima da média geral e apostamos nisso para que o banco cresça na velocidade do próprio agro”, contou.
