O policial militar Edno Ferreira Ventura Júnior, de 35 anos, foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Taquaritinga, na região de Ribeirão Preto, enquanto sofria uma parada cardiorrespiratória. Ele sofreu o ataque após tomar uma injeção com remédios para aliviar dores. O policial não resistiu e morreu.
De acordo com o médico neurologista Maurício Milanesi Lofrano, diretor clínico da UPA de Taquaritinga, os medicamentos que haviam sido aplicados em Edno deveriam ser conduzidos dentro de uma unidade de saúde, para que fossem evitados efeitos colaterais, como o que causou a morte da vítima.
“Justamente, pelo que possa, ou não acontecido neste caso, da medicação ter dado efeito colateral”, explica o médico em entrevista à EPTV. “Medicações como essas devem ser feitas de uso exclusivo, dentro do hospital”.
Lofrano explica que o policial militar foi submetido a um protocolo de reanimação, mas que sem sucesso. O atendimento aconteceu na noite de quarta-feira (13), após o agente ter recebido a injeção na casa de uma técnica de enfermagem.
De acordo com o B.O. (boletim de ocorrência), Edno teria contratado a técnica de enfermagem para fornecer a medicação controlada mediante pagamento e, também, fazer a aplicação regularmente.
Ainda segundo o registro, o policial havia sofrido um acidente neste ano, que teria causado fraturas de costelas. Por causa de dores, ele teria passado a usar morfina.
À polícia, a profissional de saúde negou e alegou que esta teria sido única vez que havia aplicado a medicação no policial e que não sabia o que continha na injeção, já que o próprio policial a havia trazido pronta para aplicação.
Medicamento apreendido
A Polícia Civil apreendeu soro fisiológico e ampolas de Cloridrato de Tramadol, que é um analgésico, na casa da técnica de enfermagem. A suspeita é que os medicamentos teriam sido desviados do hospital da cidade.
A mulher foi presa em flagrante por homicídio com dolo eventual, mas foi liberada após audiência de custódia.
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