O Ministério Público começou a investigar a morte de Julia Ferraz Signoreto, atingida por uma bala perdida ao sair de um bar na madrugada de segunda-feira (14), na zona Sul de Ribeirão Preto. Foram escolhidos dois promotores de justiça para acompanhar as investigações do caso.
De acordo com o órgão, a prisão preventiva do policial militar acusado de fazer os disparos não está descartada. Maicon de Oliveira dos Santos foi solto após o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinar a liberdade provisória com imposição de medidas cautelares.
Em entrevista a EPTV/ TV Globo, Marcos Túlio Nicolino, que é um dos promotores responsáveis por acompanhar o caso, diz que pretende avaliar, além das provas, os depoimentos dos envolvidos.
“Nos não descartamos pedir a prisão preventiva do indiciado. Nós estamos tomando contato com as provas agora. Eu tive contato hoje com o auto de prisão em flagrante, novas diligÊncias com certeza serão feitas, mas nós não descartamos que seja decretada prisão preventiva. Pelo menos o Ministério Público pode pedir a prisão preventiva do indiciado”, disse o promotor de justiça.
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O ocorrido foi registrado por uma câmera de segurança, que flagrou o policial suspeito disparando diversas vezes no local. Os tiros acertaram também dois jovens que estavam em uma moto. Eles afirmam que se envolveram em uma briga de trânsito com o PM, e por isso se tornaram alvos.
Outras câmeras de segurança do cruzamento das avenidas Itatiaia e Independência também serão analisadas, em busca de entender, de fato, o que aconteceu para que os disparos fossem efetuados.
Outro lado
Em depoimento, o policial disse que agiu em legítima defesa, pois estaria sendo vítima de um assalto. A defesa do policial militar Maicon de Oliveira dos Santos afirmou que o militar não tinha certeza se os dois ocupantes da outro moto estavam armados e que ele atirou para que os ocupantes da motocicleta fossem embora.
“Ele acreditava que houve um movimento ali, logo que a moto acelera, houve um movimento pelo garupa que indicava algo sendo retirado do bolso. Então nesse momento, ele entende que podia ser uma arma de fogo, que os disparos poderiam ser efetuados na direção dele, para trás. Ele efetuou disparos, que eles evadissem e assim evitando uma injusta agressão”, disse o advogado Gustavo Henrique de Lima e Santos.
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