A Santa Casa de Ribeirão Preto deu início ao projeto de restauração do Edifício Diederichsen, localizado no Centro do Município. O prédio foi desocupado por moradores e comerciantes em 2017, a pedido da proprietária do imóvel.
Na época, a decisão gerou muitas críticas, já que algumas pessoas estavam ali há mais de 40 anos. Contudo, a Santa Casa disse que a reforma era necessária por se tratar de uma obra histórica e tombada como patrimônio público.
Com o início do projeto de restauração do Edifício Diederichsen, a equipe quer resgatar a vocação original do prédio, considerado o mais antigo do interior de São Paulo.
A Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo selecionou a proposta de restauração e destinou recursos para desenvolver o projeto arquitetônico.
Com diferentes frentes de trabalho, a restauração exigirá planejamento e deve se estender pelos próximos anos.
A coisa está avançando de uma forma muito agradável. Eu acho que em alguns anos, cinco ou seis anos, acho que esse prédio já está devolvido para Ribeirão preto
disse o conselheiro da Santa Casa, Paulo Laimgruber
‘Novo Edifício Diederichsen’
Com a restauração, o edifício deve contar com bar/choperia, cafeteria, apartamentos, espaço de coworking, espaço para o comércio, terraço jardim, espaços de usos coletivos e escritórios.
O documento de restauração do Edifício Diederichsen é assinado pelas arquitetas Tatiana Gaspar, Fabíola Xavier e Letícia Viana, e possui renderização de João Flamini.
“A gente quer devolver esse prédio para a população. No nosso projeto, a gente propõe a reabilitação dele, retornando ao uso original”, explicou a arquiteta Tatiana Gaspar.
O projeto ainda prevê que o primeiro andar seja transformado em uma clínica médica da Santa Casa. Os demais andares terão uso misto, como ocorria antigamente, mas sem o retorno do hotel e do cinema.
“Existem os outros projetos. Um exemplo é o estrutural, onde você vai adequar a estrutura do prédio para novos usos. Então, por exemplo, o primeiro andar vai ser uma clínica, são equipamentos médicos que tem um peso muito diferente do que teria um apartamento”, contou a arquiteta Fabíola Xavier.
O Instituto Paulista de Cidades e Identidades Culturais e a Santa Casa de Ribeirão Preto assinaram, em maio de 2024, um termo de cooperação que deu origem ao projeto.
Tecnologia de mapeamento
Para mapear os mais de 8 mil metros quadrados do edifício, a equipe conta com o apoio da tecnologia. Um scanner a laser faz um verdadeiro “raio-X” digital da estrutura, o que facilita o trabalho e reduz erros durante o processo.
“A partir desse levantamento e todas as análises que nós vamos fazer, ou seja, analise estrutural, analise da elétrica, da hidráulica, tudo isso vai afiando para chegarmos em um projeto executivo”, disse Letícia Viana.
Edifício Diederichsen
O Edifício Diederichsen foi projetado e aprovado para construção em 1934. Antonio Terreri e Paschoal de Vincenzo foram os responsáveis pela obra, segundo registro do projeto Arquitetura Italiana, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo.
O empresário Antônio Diederichsen comprou o terreno por 425 contos de réis — valor que hoje equivale a cerca de R$ 10,6 milhões.
Antes de construir o imóvel, a esquina das ruas General Osório e Álvares Cabral era residência de uma das figuras históricas mais importantes da formação de Ribeirão Preto: o Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, conhecido como Quinzinho.
A Santa Casa do município recebeu o Edifício Diederichsen como doação após a morte do empresário, em 1955. O processo de tombamento do local aconteceu em 1998 e, em 2005, tornou-se um bem cultural do Estado de São Paulo.
*Com informações da EPTV
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