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Ribeirão PretoCotidiano'Quem mais sofre com obesidade grave tem menos acesso à cirurgia bariátrica', diz médica

‘Quem mais sofre com obesidade grave tem menos acesso à cirurgia bariátrica’, diz médica

Em entrevista ao acidade on, a endocrinologista Dra. Tassiane Alvarenga explicou aspectos médicos, sociais e terapêuticos da cirurgia

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Apesar de a obesidade grave afetar milhões de brasileiros, o acesso à cirurgia bariátrica — considerada um dos tratamentos mais eficazes — permanece restrito para quem mais precisa. Segundo o Conselho Federal de Medicina e o Ministério da Saúde, a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC igual ou superior a 40, ou para quem tem IMC a partir de 35 com comorbidades como diabetes, hipertensão ou apneia do sono.

Desde 2003, o SUS também realiza o procedimento em pacientes com IMC entre 30 e 35 que apresentam diabetes tipo 2 de difícil controle.

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Em entrevista ao acidade on, a endocrinologista Dra. Tassiane Alvarenga, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo, explicou os aspectos médicos, sociais e terapêuticos da cirurgia bariátrica e destacou que a disparidade gera uma séria questão de justiça social, que a sociedade precisa enfrentar para garantir um tratamento digno e igualitário.

Acesso limitado à cirurgia

De acordo com a endocrinologista, embora o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça a cirurgia bariátrica, o acesso ao procedimento ainda é limitado. Segundo ela, a rede pública enfrenta dificuldades estruturais, como escassez de equipes habilitadas e longas filas de espera.

A maioria dos procedimentos no Brasil ocorre via planos de saúde ou no setor privado, por haver maior oferta de hospitais, equipes e estrutura.

afirma

Na avaliação da médica, essa limitação representa um problema de equidade no sistema de saúde.

As pessoas que mais sofrem com as consequências da obesidade grave são justamente as que menos têm acesso ao tratamento cirúrgico. É uma questão de justiça social

esclarece

Fatores econômicos influenciam?

Questionada sobre o crescimento no número de cirurgias bariátricas realizadas no país, Dra. Tassiane reconhece que há influência de fatores econômicos nesse aumento.

“Existe um componente de mercado. Quanto maior o número de procedimentos, maior o retorno financeiro para hospitais, clínicas e profissionais”, afirma.

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Apesar disso, ela ressalta que a demanda clínica também é crescente.

Com o aumento da obesidade, aumentam também as indicações cirúrgicas. A ética e a ciência devem nortear essas decisões

completa

Novas possibilidades de tratamento

Segundo a endocrinologista, os novos medicamentos contra a obesidade representam um avanço, principalmente para casos de obesidade grau 1 ou 2. Ela cita a semaglutida e a tirzepatida, que promovem perda de peso entre 17% e 22%, índices superiores aos das medicações anteriores, que alcançavam até 10%.

Apesar dos resultados, Dra. Tassiane afirma que, em casos mais graves ou com complicações metabólicas, a cirurgia ainda é a opção mais custo-efetiva. Para ela, o tratamento deve ser individualizado.

“Antes da cirurgia, o paciente deve ter a chance de testar o tratamento medicamentoso e avaliar a resposta”, conclui.

Cirurgia exige comprometimento

A médica ressalta que a cirurgia bariátrica não deve ser vista como solução simples ou medida de última instância.

“Ela é uma ferramenta poderosa, mas exige mudanças permanentes no estilo de vida e acompanhamento contínuo”, afirma.

Dra. Tassiane reforça a importância do cuidado individualizado e do respeito à trajetória de cada paciente.

“Cada pessoa merece ser tratada com dignidade e sem julgamento.”

finaliza.

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Mariana Queiroz
Mariana Queiroz
Graduada em jornalismo pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau, pernambucana e atualmente morando em Ribeirão Preto. Atuou como repórter, radialista e assessora de comunicação.
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