O homem investigado pela morte de um bebê de três meses em Ribeirão Preto, se entregou nesta terça-feira (26) à polícia. A Justiça havia decretado a prisão temporária dele. O atestado de óbito consta que a menina morreu em razão de trauma e fratura no crânio.
O suspeito que é padrasto da criança foi ouvido na Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade e posteriormente foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santa Rosa de Viterbo. Ele deve permanecer preso por 30 dias. O advogado de defesa disse que vai recorrer.
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Na delegacia, o padrasto diz que é inocente.”Ela escorregou do meu braço na hora que eu estava dando banho nela. Ela chorou, eu peguei ela na mão e troquei. Vi a cabecinha, não inchou, não teve sangramento. Dei mamadeira para ela, ela engasgou um pouco, soprei a moleirinha dela e ela voltou”, disse.
O rapaz disse que ficou com medo de contar o que havia acontecido no dia. “Estou me entregando pela pressão pública. Cadeia nenhuma vai ser igual o que estou sentido aqui. Estou com o coração partido, perdi minha filha e nem vi ela ser enterrada”, disse.
No boletim de ocorrência registrado na polícia, ele omitiu a informação da queda da criança. O rapaz teria confessado o que aconteceu durante o velório da bebê quando acabou agredido. Embora não seja o pai biológico, a criança estava registrada em seu nome.
O caso
A morte do bebê de três meses é investigada como morte suspeita. De acordo com o boletim de ocorrência realizado pela mãe da menina, o bebê foi encontrado sem sinais vitais quando a mulher chegou em casa, no Planalto Verde, após o trabalho. A criança havia sido deixada com o pai, que dormia naquele momento.
Ao perceberem que a criança não apresentava sinais de vida, os pais chamaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que tentou reanimar a vítima e a levou para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Sumarezinho, mas foi constatada a morte do bebê.
Segundo o depoimento realizado pela mãe, o pai da menina disse que havia alimentado a filha e teria colocado o bebê para arrotar. Após isso, ele colocou a criança para dormir na cama do casal, quando ele também pegou no sono.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Ribeirão Preto e encaminhado para a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para continuidade das investigações.