A Arquidiocese de Salvador, na Bahia, anunciou na manhã deste sábado, 26, a morte do seu arcebispo emérito, Dom Geraldo Majella Agnelo, aos 89 anos.
Nomeado pelo Papa João Paulo II como Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia em janeiro de 1999, Dom Geraldo participou ativamente do processo de beatificação da freira baiana Irmã Dulce, em 2011. O Arcebispo foi escolhido para escrever a oração da primeira santa nascida no Brasil, agora conhecida como Santa Dulce dos Pobres.
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No mesmo ano, Dom Geraldo teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI, assumindo então a posição que ocupou até sua morte. Além disso, ele ocupou posições como membro da Pontifícia Comissão dos Bens Culturais da Igreja e foi eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2003.
Apesar de nascido em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em 19 de outubro de 1933, Dom Geraldo escolheu morar em Londrina, no Paraná, em 2014, onde será sepultado, seguindo seu desejo manifestado em carta registrada em cartório.
Em comunicado divulgado pela cúria paranaense, a saúde de Dom Geraldo se agravou em dezembro de 2022 após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. Ele estava recebendo cuidados em casa e teve uma piora nos últimos dias.
A Arquidiocese informou que, ainda neste sábado, divulgará informações sobre os rituais de despedida e o local de sepultamento.
Leia a nota de pesar da CNBB:
“Estimado irmão, Cardeal Sergio da Rocha,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) une-se em solidariedade à Arquidiocese de São Salvador (BA) e aos familiares por ocasião do falecimento de Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito daquela estimada Igreja Particular, neste sábado, 26 de agosto, memória de Santa Maria no sábado, em Londrina (PR), onde residia desde 2014. Damos graças a Deus pela doação deste irmão no episcopado que entregou sua vida à Igreja no Brasil e no mundo. Dom Geraldo foi destacado, nos lugares onde serviu como padre e bispo, por sua afabilidade e pela virtude de criar laços de amizade e comunhão entre as pessoas. Sua vida foi marcada por um grande amor à Igreja e uma contínua dedicação às coisas da Igreja, a serviço da fé e ao testemunho da vida cristã. Dom Geraldo mostrou sempre grande zelo pela Liturgia, pela boa formação dos sacerdotes e do povo católico e pela irrestrita fidelidade ao Papa e à Igreja. Foi um intérprete da reta reforma litúrgica, desejada pelo Concílio Vaticano II. Agradecemos, especialmente, os anos nos quais se dedicou à nossa Conferência, tendo presidido a Comissão Episcopal para a Liturgia, de 1983-1987, atuado como vice-presidente do Regional Sul 2 da CNBB, e estado à frente da CNBB, como seu presidente, de 2003 a 2007. Como no Evangelho da liturgia que celebramos hoje, Dom Geraldo foi aquele que soube amar a um só Pai, aquele que está nos céus. Teve um só guia, Cristo. E foi grande porque entre nós foi um humilde servidor do Evangelho. Rogamos a Deus que conforte os corações de amigos, fiéis e familiares e dê ao nosso irmão a glória do descanso eterno e de ser exaltado nos céus. Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz.”
Em Cristo,
Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo de Goiânia (GO)
Primeiro Vice-presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Presidente da CNBB
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife (PE)
Segundo Vice-presidente da CNBB
Dom Ricardo Hoepers
Bispo auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-geral da CNBB
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