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CotidianoShopping do Morro São Bento ainda depende de licenças ambientais

Shopping do Morro São Bento ainda depende de licenças ambientais

Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), abriu um inquérito civil para apurar eventuais danos ambientais na construção do empreendimento

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São Bento Mall – Foto: TapMalls

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O shopping a céu aberto previsto para ser inaugurado até a metade de 2022, no Morro do São Bento, em Ribeirão Preto, ainda depende de licenças ambientais para o início da construção. O investimento no empreendimento está avaliado em R$ 15 milhões – clique e saiba mais. 

O São Bento Mall só obteve até o momento o alvará de demolição dos antigos prédios onde funcionavam o RP Hall e Porcada 77, casas de show da cidade. A etapa seguinte é o alvará de construção, que ainda deve ser concedido pela Prefeitura de Ribeirão Preto.  

Em razão da proximidade do shopping ao Parque Municipal Morro do São Bento (PMMSB), o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) – Núcleo Pardo, abriu um inquérito civil para apurar eventuais danos ambientais à unidade de conservação existente no local.  

Um parecer técnico elaborado pelo Centro de Apoio Operacional à Execução (Caex), o núcleo de engenharia do Ministério Público (MP), destaca que a implantação de um shopping na região pode ocasionar aumento do fluxo de trânsito, ampliando a poluição sonora e outros riscos, inclusive o de atropelamento do animais silvestres de vida livre do Parque.

Segundo o promotor de Justiça, Guilherme Chaves Nascimento, foram encaminhados ofícios à Prefeitura de Ribeirão Preto e à TAP Construtora, responsável pela obra, cobrando explicações sobre o andamento da construção do shopping, se foi ou não expedida a licença urbanística ( alvará de construção), bem como, se foram realizados estudos de impactos ambientais. 

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O prazo para o retorno é de trinta dias a partir do momento em que as partes recebem as notificações via correio. Os ofícios foram enviados em setembro após o anúncio da construção do shopping. “As respostas ainda não estão nos autos e estamos aguardando”, conta Chaves.

O que diz a lei? 

O parecer técnico do Caex reiteira que existe uma lei municipal em Ribeirão Preto que disciplina e restringe a implantação de empreendimentos no entorno do PMMSB [Parque] para que não ocorra o aumento de ruídos principalmente no período noturno, de modo a não causar impacto ambiental na fauna.

De acordo a legislação, na zona de entorno não serão admitidas atividades comerciais industriais ou de prestação de serviços que emitam ruídos, odores, gases e afins que possam causar danos à fauna e à flora, exceto àquelas que comprovadamente utilizarem tecnologias revestimentos e tratamentos que impeçam a emissão de poluente.  

Quanto aos ruídos as emissões, poderão alcançar no máximo 50 decibéis diurno e 45 decibéis noturno, nos limites do Bosque Municipal Dr. Fábio Barreto.

Além disso, é necessário um estudo de impacto de vizinhança EIV, para analisar a capacidade de suporte dos equipamentos públicos e infraestrutura urbana instalada, pois pode haver reflexos negativos na circulação diária em seu entorno, prejudicando a acessibilidade de toda a região, além de agravar as condições de segurança de veículos e pedestres. 

Outro lado

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto disse por meio de nota que a Secretaria do Planejamento está em trâmite processo de aprovação de projeto de construção civil e de Estudo de Impacto de Vizinhança.  

A aprovação do projeto de construção civil, e respectiva emissão do alvará de construção, só ocorrerá após conclusão do processo de EIV.

Até o presente momento o único alvará expedido foi o de demolição do antigo prédio, mediante ainda manifestação do CONPPAC visto a proximidade do imóvel com bens em regime de proteção.

A reportagem do ACidade On, também fez contato com a TAP Construtora, mas não houve retorno até o fechamento desta reportagem. Caso alguém se manifeste, o texto será atualizado.

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