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CotidianoTDAH: crianças com transtorno podem ter mais dificuldade na alfabetização

TDAH: crianças com transtorno podem ter mais dificuldade na alfabetização

Pesquisa também mostra que mais de 5% das crianças têm Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) no país

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Jovens diagnosticados com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ter maiores dificuldades na hora do aprendizado, conforme mostra uma pesquisa do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

Os dados obtidos partir das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) dos anos de 2019 e 2021, mostrou que em 2019, 54,8% das crianças avaliadas foram consideradas alfabetizadas. Entretanto, em 2021, o percentual caiu para 49,4%.

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No Brasil, o Dia Mundial da Alfabetização é comemorado nesta sexta-feira (8) e de acordo com especialistas, é uma data que traz discussões a respeito de como melhorarmos a qualidade de alfabetização e o número de alfabetizados no país.

Entre os vários desafios já conhecidos, tem ganhado destaque o diagnósticos de transtornos neurobiológicos, como o TDAH.

Como identificar o transtorno?

O Déficit de Atenção e Hiperatividade é caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Geralmente aparece na infância, mas também pode ser desenvolvido na fase adulta, de acordo com dois estudos publicados no periódico científico “JAMA Psychiatry”.

Para Guilherme Chaparim, médico neurologista, os sintomas do transtorno são divididos em dois grupos: desatenção e hiperatividade, e impulsividade.

“A dificuldade em manter-se focada prejudica a absorção de informações necessárias para a alfabetização. A criança com TDAH também pode ter dificuldade em processar mentalmente as informações, o que atrapalha a retenção do conhecimento. É muito comum num dia ‘bom’ a criança conseguir desempenhar-se bem nas atividades, e no seguinte, parecer ter se esquecido de tudo”, explica o neurologista.

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Desatenção e hiperatividade: Neste grupo é comum que crianças apresentem comportamentos como não prestar atenção a detalhes, cometer erros por descuido, perder objetos frequentemente, desviar facilmente a atenção, parecer não escutar quando alguém está falando, etc.

Impulsividade: Já no segundo grupo, a criança com hiperatividade pode levantar-se da cadeira em momentos indevidos, ficar se mexendo no assento, balançar as mãos e os pés, ter dificuldade em realizar atividades de lazer que sejam calmas, falar demais etc.

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Diagnóstico precoce e educação básica

O diagnóstico pode ser realizado por neurologistas e psiquiatras, tendo o enfoque de evitar a descoberta do transtorno tardiamente. Ainda de acordo com o médico, a união entre escola e pais é essencial para o diagnóstico precoce.

Um dos principais desafios para a alfabetização de crianças diagnosticas com TDAH é o ambiente de aprendizagem em que ela está inserida, por isso é importante que o profissional que atuará com ela tenha um preparo para facilitar a aprendizagem.

“É muito importante que o aluno receba feedback positivo ao realizar adequadamente as tarefas, mas também é importante parabenizar o aluno pelo esforço, mesmo que cometa erros. É preciso ter em mente que o aluno com TDAH pode precisar de mais tempo para realizar a mesma tarefa que seus pares”, explica.

Ele ainda reforça que os pais e a escola devem estar atentos aos sinais de TDAH, e assim que houver a suspeita, procurar um especialista.

* Com informações da agência Brasil

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Vítor Neves
Vítor Neves
Graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, atuou como assessor de imprensa, coordenador de podcast e produtor de conteúdo. Foi estagiário da EPTV, afiliada da TV Globo, e auxiliou em grandes coberturas, como pandemia de Covid-19 e eleições.
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