A Policia Civil pretende ouvir todos os sobreviventes do soterramento em uma gruta em Altinópolis, na região de Ribeirão Preto. Ao todo, 28 bombeiros civis participavam de um treinamento na gruta Duas Bocas, quando houve o desabamento do teto na madrugada do último domingo (31). Nove pessoas morreram.
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De acordo com o delegado de Altinópolis, Rodrigo Salvino Pato, o dono da empresa que estava prestando o treinamento para os bombeiros civis também será ouvido nos próximos dias. O caso foi registrado como suspeita de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal culposa.
“Nós sabemos que foi uma fatalidade, um fato extraordinário até, da natureza, mas queremos analisar se ocorreu negligência, imperícia, por parte dos donos dessa escola de bombeiros. Vamos analisar a necessidade do curso, a realização do curso com aquelas condições climáticas. Tudo isso será visto com ele”, disse o delegado em entrevista para EPTV.
Na noite da última segunda-feira (1º de novembro), a Real Life Treinamentos, empresa que prestava o curso, publicou uma nota de esclarecimento no qual afirma que os responsáveis haviam feito uma análise de risco na gruta.
No comunicado, a empresa ainda informou que às 17h de sábado (30), quando teve início o treinamento, não havia chuva e foi realizada uma análise de risco para entrar no local.
A Real Life ainda disse que o treinamento não era realizado totalmente dentro da gruta e, sim, cerca de um metro para dentro da caverna para praticar a imobilização de vítimas e busca de salvamento em mata.
A empresa ainda afirma que por volta das 20h, quando começou a chover, os instrutores cancelaram o treinamento e decidiram esperar a chuva passar para poder subir os equipamentos utilizados no curso – o acidente aconteceu no início da madrugada
Além disso, informou que está realizando uma sindicância para apurar eventuais erros e se colocou à disposição da família e dos órgãos responsáveis para elucidar o ocorrido.
