O Ministério Público de São Paulo enviou à Justiça o pedido de alteração do crime contra os dois suspeitos de matarem o engenheiro Paulo Roberto de Carvalho Braga Filho, morto em 29 de dezembro do ano passado.
No dia 4 de março, o delegado responsável pelo caso Targino Osório indiciou os suspeitos pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte. Diante disso, a promotoria enviou à Justiça o pedido para que ambos respondam por homicídio.
No caso de os suspeitos Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca respondam pelo crime de latrocínio (artigo 157 do Código Penal) a pena de reclusão para o crime varia entre 20 e 30 anos, além de multa. Já, se responderem pelo crime de homicídio (artigo 121 do Código Penal), a pena de reclusão varia entre 6 e 30 anos.
Júri Popular
Se a Justiça acatar o pedido do MP, Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca podem ir a júri popular.
Justificativa do MP para alteração do crime
O argumento da promotora Ethel Cipele é de que consta em depoimentos no inquérito policial que os suspeitos “não tinham intuito de roubar nada da vítima”, porém, após se envolverem em uma briga o celular e o tênis da vítima foram roubados.
Diante disso, a promotora alega “se o agente matou a vítima por outro motivo, sem a finalidade de roubar, mas, depois de estar ela morta, aproveita para subtrair coisas dela, há homicídio em concurso com furto, mas não latrocínio”.
O caso
O engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho foi morto no final de dezembro de 2023. Segundo a polícia, ele teria marcado um encontro por aplicativo, quando desapareceu.
Beto Braga, que morava nos Estados Unidos, passava as festas de final de ano com a família.
A mãe da vítima chegou a receber mensagens de uma pessoa que estaria com o celular de Paulo Roberto, afirmando que iria devolver o aparelho.
No entanto, essa pessoa não apareceu no local marcado e começou a pedir as senhas de acesso. No dia 30 de dezembro, a vítima foi encontrada morta em um imóvel na avenida do Café, em Ribeirão Preto.
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