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CotidianoVelório de Áurea Moretti será na Câmara de Ribeirão Preto

Velório de Áurea Moretti será na Câmara de Ribeirão Preto

Corpo de Áurea Moretti será enterrado no cemitério da Saudade; velório será aberto ao público na Câmara de Ribeirão Preto a partir das 9h

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Áurea Moretti morreu em Ribeirão Preto aos 78 anos (Foto: divulgação) 
Áurea Moretti morreu em Ribeirão Preto aos 78 anos (Foto: divulgação) Áurea Moretti morreu em Ribeirão Preto aos 78 anos (Foto: divulgação)

 

O velório de enfermeira aposentada Áurea Moretti Pires, que morreu nesta quinta-feira (15), aos 78 anos, será realizado na Câmara Municipal de Ribeirão Preto. O velório será aberto ao público das 9h às 15h e, em seguida, o corpo de Áurea será levado para ser enterrado no cemitério da Saudade.

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A enfermeira foi presa e torturada durante a ditadura militar (1964-1985). Para a filha Raquel Moretti, Áurea foi uma heroína. “É a minha heroína. É a mulher que me inspira e não só como minha mãe”, disse.

 

 

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“Minha mãe foi o meu maior exemplo de mulher forte na cidade. Maior exemplo de resistência e me criou desta maneira”, afirma Raquel. “O legado que ela me deixa é eu ser uma mulher livre, forte e consciente”, completa. 
 

Além de Raquel, Áurea também era mãe de Rodrigo e avó de Luiza e Clara. A enfermeira aposentada sofria de doença degenerativa e estava internada no Hospital Beneficência Portuguesa.
 

História
 

Áurea Moretti Pires nasceu no dia 12 de novembro de 1944 na Fazenda Peroba, próxima a São Joaquim da Barra. Ao mudar-se com a família para Ribeirão Preto, ingressou na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP, envolvendo-se com o Movimento Estudantil e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
 

Em meados do ano de 1968, decidiu deixar o Partido para aliar-se às Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN) e optou por interromper seus estudos acadêmicos para ingressar na faculdade de Enfermagem, visando sua aplicabilidade durante a revolução socialista pretendida.
 

Áurea foi presa em 18 de outubro de 1969, na cidade de Ribeirão Preto e ao longo de três anos e meio em detenção, passou por diversos cárceres do Estado de São Paulo. Após sua soltura, viveu por mais um ano em liberdade condicional, sendo regularmente vigiada e perseguida pela polícia política de Ribeirão Preto (com informações Secretaria Estadual da Cultura).
 

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