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Ribeirão PretoCotidianoVenda de sangue de gato: Animal recolhido em casa está doente, diz prefeitura

Venda de sangue de gato: Animal recolhido em casa está doente, diz prefeitura

Prefeitura de Monte Alto, na região de Ribeirão Preto, diz que doença é semelhante ao HIV, mas não transmitida a humanos; Estudante de veterinária foi preso

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A Prefeitura de Monte Alto informou que um dos três gatos recolhidos em uma casa onde duas mulheres e um homem foram presos no último sábado (4), por suspeita de envolvimento em esquema de venda de sangue de animais, está doente. O homem preso é estudante de veterinária.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), os suspeitos foram encontrados retirando o sangue de gatos de forma irregular e insalubre.

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Agentes da GCM (Guarda Civil Municipal) chegaram até o imóvel, na rua Marciano de Vasconcelos Nogueira, após uma denúncia de que um homem estaria oferecendo R$ 50 em troca da retirada de sangue dos animais.

A doença

Segundo a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) de Monte Alto, uma fêmea testou positivo para FIV, uma imunodeficiência felina, que é causada por um vírus semelhante ao HIV humano. A Pasta afirmou que a FIV não é transmissível a humanos e animais de outras espécies. Contudo, pode ser transmitida a outros gatos, pela saliva ou sangue.

Dentre os três gatos recolhidos, tratados e testados, uma fêmea testou positivo para FIV – o que reflete, mais uma vez, a falta de critérios e os riscos envolvidos nos procedimentos que foram interrompidos.Os demais ainda farão outros exames. Mais três felinos, tratados pela proprietária da casa, estão sendo procurados para testes

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

Ainda conforme a SAMA, a doença viral ataca o sistema imunológico de gatos, o que os torna mais vulneráveis a infecções e outras doenças secundárias.

Não tem cura, mas com acompanhamento veterinário, boa nutrição e manejo adequado, gatos com FIV podem viver uma vida longa e saudável, sendo importante evitar que entrem em contato com gatos sem a doença e mantê-los seguros em casa

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

O caso

A Polícia Civil apreendeu 108 tubos na residência de Monte Alto, que estavam identificados por nome de animal com material que aparenta ser sangue de gato, além de seringas, agulhas e tubos anticoagulantes.

Os homens que estavam na casa disseram que trabalhavam em uma clínica veterinária como freelancer para o fornecimento de sangue de gatos. Um deles é estudante de medicina veterinária.

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Os suspeitos foram questionados pelos guardas se tinham habilitação para realizar o procedimento e se usavam equipamentos adequados, já que o local se tratava de uma residência comum, com pouca higiene, mas desconversaram e disseram que trabalhavam em ONGs.

Outros dois homens também suspeitos de envolvimento no caso foram levados à delegacia e liberados. As duas mulheres presas também acabaram liberadas na audiência de custódia.

O caso foi registrado no Plantão da Polícia Civil de Jaboticabal como praticar ato de abuso a animais.

Outro lado

O advogado Jonatas Alves Moraes, que defende o estudante de medicina preso, disse que o seu cliente é inocente.

No caso em apuração, não existe previsão legal que proíba a existência de bancos de sangue para animais nem que criminalize, por si só, a coleta de sangue de cães e gatos quando realizada com finalidade terapêutica. Até o momento, não há laudo técnico apontando lesão, morte ou sofrimento específico dos animais, e a própria tutora declarou consentimento para a coleta. Em cenário assim, não se pode falar em maus-tratos sem prova técnica idônea,

advogado Jonatas Alves Moraes.

SAIBA MAIS

Presos suspeitos de envolvimento em esquema de venda de sangue de gatos

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Ricardo Canaveze
Ricardo Canaveze
É repórter no portal acidade on Ribeirão Preto. Formado em Jornalismo pelo UNIFAE em 2003, tem experiência em notícias relacionadas ao dia a dia nas cidades. Já atuou em emissoras de rádio no início da carreira na comunicação, a partir da década de 1990, e em jornais impressos como o A Cidade. Está no Grupo EP desde 2007.
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