O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pretende iniciar em julho a devolução de valores que descontou indevidamente de aposentadorias e pensões. O presidente do órgão, Gilberto Waller, confirmou a informação nesta terça-feira (24), durante uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Dias Toffoli convocou a reunião para cobrar esclarecimentos do governo sobre o cronograma de pagamentos e as providências adotadas após as irregularidades. Participaram do encontro representantes da Advocacia-Geral da União, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do próprio INSS.
Gilberto Waller informou que o INSS deve começar os pagamentos em 24 de julho, com lotes a cada 15 dias. O primeiro lote inclui cerca de 1,5 milhão de beneficiários. O órgão prevê liberar o segundo lote em 9 de agosto e o terceiro em 24 de agosto.
Em abril, a Polícia Federal revelou um esquema de fraudes que desviou dinheiro de aposentadorias e pensões. Segundo as investigações, associações de prestação de serviços cadastraram aposentados sem consentimento, com uso de assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.
A Polícia Federal estima que o prejuízo tenha alcançado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
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