Quem for fazer a compra dos produtos da cesta básica na zona Sul de Ribeirão Preto vai pagar mais caro. Já nas zonas Norte e Leste, a cesta básica é mais barata. Os dados constam no Índice Mensal de Cesta Básica, que voltou a ser divulgado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) nesta quinta-feira (18).
O levantamento da flutuação dos preços não tem caráter fiscalizador e foi feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) do Departamento de Relações Jurídicas e Institucionais, braço econômico da entidade.
A pesquisa trouxe dados coletados em 11 supermercados e quatro padarias do município nos dias 4 e 5 dos meses de abril e maio, revelando que, em apenas 30 dias, o preço dos alimentos essenciais teve uma inflação de 3,56% na cidade.
O resultado mostrou que a cesta em Ribeirão no início de abril custava em média R$ 649,72, valor que subiu para R$ 672,82 no começo de maio.
A zona Sul apresentou, nas duas datas, a cesta mais cara do município (R$ 675,09 em abril e R$ 702,85 em maio) e inflação de 4,11%. A região Central vem em seguida, também com crescimento no período (R$ 661,07 e R$ 683,92), uma alta de 3,46%.
Na zona Norte, que teve a cesta mais barata em maio, teve ligeira queda nos preços de -1,49% (R$ 655,02 para R$ 645,26). Na Oeste (R$ 630,60 para R$ 672,11), reajuste de 6,58%.
A zona Leste, que teve a cesta mais barata de abril em Ribeirão também acumulou o maior aumento no mês seguinte, com inflação de 7,47% (de R$620,25 em abril saltou para R$ 666,58 em maio).
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Horas de trabalho
Para uma carga horária de trabalho mensal de 220 horas, de acordo com o estudo, os indivíduos que ganharam salário-mínimo em abril precisaram trabalhar aproximadamente 119 horas para adquirir uma cesta básica, aplicando 53,96% dos ganhos em alimentos. A base de cálculo foi o salário-mínimo corrente, cotado no mês em R$1.302,00 e que, líquido (deduzido do 7,52% de descontos da Previdência Social), fica R$1.204,09.
Em maio, o salário subiu 1,4% (R$ 1.320,00; líquido R$ 1.220,74), mas a despesa aumentou, consumindo 55,12% da renda do trabalhador. O comprometimento do salário foi 1,16 pontos percentuais maior, o que significa trabalhar 121,25 horas no mês (2,25 horas ou 1,9% a mais que no mês anterior) para comprar os mesmos alimentos básicos.
O que inclui
A cesta utilizada baseia-se no Decreto Lei nº 399, que regulamenta o salário-mínimo brasileiro e apresenta o tipo e a quantidade de alimentos de acordo com a região administrativa brasileira.
A lista inclui carne de alcatra (6 kg), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).
Para determinação dos locais de compra, utilizou-se os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. Com exceção do pão francês, todos os itens da cesta foram cotados apenas em supermercados/ hipermercados.
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