O Brasil inicia a sua caminhada na Copa do Mundo feminina de futebol nesta segunda-feira (24), às 8 horas (horário de Brasília), na partida contra o Panamá – a TV Globo/EPTV transmite a partida. É o primeiro desafio de Marta e companhia na busca pelo inédito título – o Brasil está no Grupo F, que teve o primeiro jogo neste domingo (23) no empate em 0 a 0 entre França e Jamaica.
Marta, inclusive, encara a Copa do Mundo como um dos maiores desafios da carreira. A última participação da jogadora em mundiais tem uma mentalidade determinada: é agora ou nunca, ao menos como atleta.
“Não é para mim. É para o Brasil. É complicado pensar em outro cenário. Para mim, tem que ser agora. Se não for, não vai ser com a Marta jogando como atleta. É agora ou nunca. Não digo que esteja faltando, mas, já que está na minha frente, por que não agarrar? Vou dar o máximo e deixar o que tiver que deixar em campo”, disse.
A camisa 10 da seleção concedeu entrevista ao site oficial da Fifa. Ela elogiou o grupo levado pela técnica Pia Sundhage à Oceania. “A concorrência vem crescendo muito. Isso é devido ao trabalho que vem sendo feito no futebol feminino em todo planeta. Só engrandece a modalidade. Fico feliz em ver concorrência. A seleção tem muitas meninas boas e de qualidade”, analisa. Ainda que o elenco tenha a maior média de idade do Brasil em copas femininas, com 27,4 anos, 11 atletas são estreantes em mundiais.
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“Quando eu cheguei na seleção com 15 para 16 anos, era um ambiente bem diferente. A gente leva hoje de uma maneira mais leve. Cobra a companheira de uma maneira positiva, não passando por cima de qualquer coisa para jogar. A gente quer dar feedback para as meninas mais novas fazendo com que elas se sintam bem na seleção”, conta Marta.
A jogadora admite, porém, que a missão é difícil. Ainda que considere o título possível, Marta não teme em citar outros favoritos. “Sempre falamos dos Estados Unidos, que é o país do futebol. A Austrália, que joga em casa e tem força. Grandes nomes como Alemanha, que sempre dá muito trabalho. Inglaterra, Holanda e França, que está no nosso grupo”, cita.
Diante da ‘última dança’, Marta comemora cada evolução do futebol feminino. A jogadora reconhece que faz parte de duas gerações, uma que buscou reconhecimento e outra que tem certo retorno disso. Mesmo assim, a mensagem que ela deixa para as futuras atletas é para que continuem lutando por espaço. “Perseverança e determinação. São anos e anos de luta que valem a pena. A nossa geração atual usufrui de o que começamos lá atrás. E tomara que a próxima possa ter muito mais oportunidade e ser reconhecida”.
Jogos do Brasil na primeira fase:
- Brasil x Panamá – dia 24, às 8h
- Brasil x França – dia 29, às 7h
- Brasil x Jamaica – dia 2, às 7h