No dia que marcou a despedida de Daniel Dias das piscinas, o Brasil conquistou mais três medalhas na Natação das Paralimpíadas de Tóquio. Maria Carolina Santiago levou o ouro, enquanto Cecília Araújo ficou com a prata e Talisson Glock com o bronze, nesta quarta-feira (1), no Centro Aquático de Tóquio.
O maior atleta paralímpico do Brasil em todos os tempos encerrou sua brilhante carreira esportiva com um quarto lugar nos 50m livre da classe S5, para atletas com deficiências físicas. Daniel Dias marcou 32s12, mas acabou atrás dos chineses Tao Zheng (30s31), Weiyi Yuan (31s11) e Lichao Wang (31s35).
O nadador é o maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, com 27 conquistas em quatro edições dos Jogos. Em Parapans, tem 33 medalhas, todas de ouro. É ainda o único representante do país a ganhar três prêmios Laureus, considerado o Oscar do esporte (2009, 2013 e 2016).
Terceiro ouro de Carol
Maria Carolina Santiago conquistou sua terceira medalha dourada na capital japonesa. Com a marca de 1min14s89, novo recorde paralímpico, ela deixou para trás a russa Daria Lukianenko (1min17s55) e a ucraniana Yaryna Matlo (1min20s31) na final dos 100m peito da classe SB12, para atletas com deficiências visuais.
Foi o quinto pódio da nadadora em Tóquio. Antes, ela havia vencido os 50m livre S13 e os 100m livre S12, levado uma prata no revezamento 4x100m livre misto até 49 pontos e um bronze nos 100m costas S12.
Prata com Cecília
Cecília Araújo levou a prata nos 50m livre da classe S8, para atletas com deficiências físicas, ao registrar 30s83, pouco atrás da campeã paralímpica, a russa Viktoriia Ishchiulova (29s91). O bronze ficou com a italiana Xenia Palazzo. Foi o primeiro pódio de Cecília em Tóquio. Ela ainda terá mais duas chances de subir ao pódio na capital japonesa: nos 100m livre S9 e nos 100m borboleta S8.
Bronze com Glock
Talisson Glock conquistou a medalha de bronze nos 100m livre classe S6, para atletas com deficiências físicas. O ouro terminou com o italiano Antonio Fantin, que bateu o recorde mundial (1min03s71), e a prata com o colombiano Nelson Crispin Corzo (1min04s82). Foi a primeira medalha individual paralímpica do catarinense em Tóquio, que havia levado um bronze no revezamento 4x50m livre misto de até 20 pontos.