O Edifício Diederichsen, no Centro de Ribeirão Preto, foi um marco da engenharia, sendo a primeira construção vertical do interior, com seis andares e 3.750 m². Antes disso, porém, a famosa esquina das ruas General Osório e Álvares Cabral era residência de uma das figuras históricas mais importantes da formação do município: o Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, o Quinzinho.
Grande rival político de Francisco Schmidt, o ribeirão-pretano deixou um amplo legado e era conhecido como um dos “super coronéis” do Noroeste Paulista. Sua casa ficava localizada próxima à antiga matriz, epicentro do desenvolvimento da cidade, e, mesmo em ruínas, chegou a ser contemporânea do recém construído Quarteirão Paulista, inaugurado em 1930.
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Quinzinho da Cunha foi um dos políticos mais ativos pelo desenvolvimento de Ribeirão Preto. Ironicamente, o edifício que substituiu as ruínas de sua casa simbolizava também uma nova ordem política e democrática que buscava se afastar dos princípios da República Velha e do Partido Republicano Paulista, ao qual pertencia o coronel.
O terreno foi comprado pelo construtor Antonio Diederichsen dos herdeiros do coronel, falecido em 1932, e custou 425 contos de réis – uma bagatela que equivale hoje a R$ 10,6 milhões.
O valor pago foi tão alto que, segundo o livro “Histórias de Vida: homens e mulheres que marcaram seu tempo (1850 1929)”, representava quase 72% de tudo o que o município arrecadava, por ano, com o Imposto Predial (585 contos de réis).O Edifício Diederichsen seria inaugurado em 1936.
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