O documentário ribeirão-pretano “Maurina: o outono que não acabou” recebeu três prêmios no Festival Cinema Independente de Sevilha (SEVIFF,) na Espanha. Os prêmios são pelo reconhecimento de “Melhor documentário de longa-metragem”, “Melhor diretor de documentário de longa-metragem” e “Melhor diretor estreante de documentário de longa-metragem”.
Produzido pela Kauzare Filmes, o filme conta em 85 minutos, a história real da freira Madre Maurina Borges da Silveira, ex-diretora do Lar Santana em Ribeirão Preto, que foi presa em 1969 pela ditadura militar brasileira por uma acusação de um suposto envolvimento com a Forças Armadas de Libertação Nacional.
O diretor do filme, Gabriel Silva Mendeleh, afirma que o objetivo do documentário é registrar e repercutir a história de Maurina, que ficou por muito tempo esquecida até na própria cidade onde vivia e foi presa.
“É preciso preservar a memória das pessoas que sofreram e lutaram contra a ditadura no Brasil, para que nunca mais se repita”
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Maurina foi a única freira presa no período de regime militar e sofreu diversas torturas físicas e psicológicas durante sua prisão, passando pela cadeia pública Cravinhos-SP, e pelas prisões de Tiradentes e Tremembé. Em 1970, acabou sendo extraditada para o México.
O documentário entrevistou ex-presos políticos, historiadores, jornalistas, religiosos e o advogado de defesa da Madre. As entrevistas são intercaladas com imagens de arquivo e de reportagens da época, bem como animações e reconstituições com atores, reproduzindo os depoimentos e uma carta escrita pela religiosa enquanto extraditada no México.
Antes de estrear no Brasil, o filme segue aguardando o resultado em outros festivais de cinema ao redor do mundo. A data de estreia deverá ser confirmada em breve. Para assistir ao trailer do documentário, clique aqui.
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