A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou na última quarta-feira (21) o aumento de 37% dos próprios salários. O valor subirá, de forma gradual, de R$ 25.322,25 a R$ 34.774,64. Já a partir de 1º de janeiro de 2023 o subsídio dos deputados terá aumento de pouco mais de R$ 4 mil e chegará a R$ 29.469,99.
Em 1º de abril de 2023, o pagamento dos parlamentares subirá mais uma vez, a R$ 31.238,19. A partir de 1º de fevereiro de 2024, o valor passará a R$ 33.006,39. Finalmente, em 1º de fevereiro de 2025 o salário alcançará R$ 34.774,64.
O reajuste foi aprovado por 49 votos a dez – os deputados Léo Oliveira (MDB) e Rafael Silva (PSD), que têm base política em Ribeirão Preto, obstruíram a votação do projeto.
O texto que concedeu o aumento é um substitutivo apresentado pelo deputado Alex Madureira (PL). Os salários estavam congelados desde 2016.
Reajustes em série
Nos últimos dias úteis do ano, o Congresso Nacional aprovou reajustes para diferentes carreiras do funcionalismo público. Os próprios parlamentares serão beneficiados com aumentos; no caso do presidente da República, o incremento no salário será de 50%.
Outros cargos que terão alta no pagamento serão os de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU). No caso do STF, o reajuste terá efeito cascata em todo o setor público, já que o salário de um ministro é o máximo que um funcionário do governo pode ganhar.
No final de novembro, a Alesp já havia aprovado reajuste de 50% nos salários do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais. O aumento também teve efeito cascata, mas se restringiu ao funcionalismo que recebe o teto – como auditores e procuradores do Estado.
Com a mudança, o salário do governador passou de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil, e do vice, de R$ 21,9 mil para R$ 32,9 mil a partir de 2023, quando assumirá o governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos).