O acidade on Ribeirão realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Ribeirão Preto nas eleições 2024. Nesta terça-feira (24) o entrevistado foi o empresário e ex-vereador André Trindade (União) – veja o player acima.
André Trindade disputa a eleição pela coligação Respeito Por Ribeirão, formada por União Brasil, Podemos e Federação PSDB/Cidadania. O candidato a vice é Alessandro Hirata, do PSDB.
A ordem dos entrevistados foi definida de acordo com o resultado pesquisa estimulada EPTV/Quaest (SP-07293/2024) divulgada na última quarta-feira (18). Foram convidados os quatro primeiros colocados, que serão sabatinados ao vivo por 12 minutos. O candidato do DC, Matheus Coelho, que entrou na disputa após a pesquisa eleitoral, terá veiculada entrevista de 2 minutos.
Na saúde, você prevê a construção de duas novas UPAs nas regiões do Parque Ribeirão e avenida Luis Galvão César. Qual é o prazo para que essas novas unidades entrem em funcionamento?
- Nós vamos trabalhar a partir do primeiro dia, já sabendo onde fazer, como fazer, quanto custa e, diferente do que propõe o meu adversário, de fazer obras milionárias do HC, que é até do estado, com R$ 80 milhões, quando custa R$ 1 bilhão. Eu não. Não vou fazer 10 UPAs, vou fazer duas UPAs, porque nós herdamos a cidade com uma, duas foram entregues, a terceira está sendo feita na zona Leste, lá no Ribeirão Verde, então nós vamos fazer mais duas UPAs, um Centro de Especialidades Médicas, onde sabemos onde fazer, no Quintino II, na unidade Sérgio Arouca, e, vamos assim, desafogar a pressão e a superlotação das nossas UPAs, construir mais duas, entregando a terceira, que o Duarte Nogueira já está fazendo, e também, diminuir o tempo de exames e consultas desse novo centro de especialidades, igual o que a gente tem na rua Minas. Então, esse é o nosso projeto da saúde.
Essas duas UPAs têm uma data prevista para serem entregues?
- O tempo de licitação, projeto, e são os tempos burocráticos da gestão pública, que não podemos fugir, acredito que em seis meses a gente tem que começar a construção, com um ano de obra, acredito que no final do segundo ano do governo a gente já tem isso entregue.
Há algum plano para revitalizar especificamente a área da Baixada? O que seria feito?
- Ribeirão Preto, hoje, é uma cidade nova. Já tem novas vias, vai ter nova iluminação pública a partir da próxima semana, com iluminação de LED, o que vai trazer maior brilho e segurança e sensação de segurança para a nossa cidade. Nós temos a praça Schimidt, em uma situação muito precária, onde pretendemos colocar ali uma base fixa da Guarda Municipal e trazer atividades culturais para aquele local, ocupando o espaço que hoje é utilizado por pessoas em situação de rua. Nós temos ali o CAPS IV (antigo PS Central), vamos melhorar a iluminação, o paisagismo, e fazer investimentos no Centro. Nós temos aí para entregar o Centro Cultural do Palácio Rio Branco, que será uma grande conquista para Ribeirão Preto. E vamos incentivar ações culturais na praça XV de Novembro, que privilegia a música, que privilegia a nossa noite, a gastronomia e a segurança nesse local, para que as pessoas possam frequentar. Local preparado, com segurança, é um local que pode oferecer uma revitalização, não só de estrutura, mas de pessoas ocupando essa estrutura.
O senhor pretende entregar essa revitalização [do Palácio Rio Branco]. Seria utilizado para quais atividades?
- Atividades culturais, exposições de toda ordem, além de um museu com a própria história do palácio, que foi a sede do Poder Executivo por quase um século, ou por mais de um século. Tem muita coisa importante e será mais um local de visitação, que vai atrair turistas e, também, os moradores de Ribeirão Preto para o Centro.
Tem algum prazo para entregar o Palácio Rio Branco revitalizado?
- Já está em obras. As obras estão a todo vapor. O contrato vigente e no próprio cronograma da prefeitura, desta gestão ainda. Com certeza, seria entregue nos primeiros meses de 2025.
Na economia, a sua proposta é simplificar os processos burocráticos para instalação de empresas em Ribeirão. Como seria? Isso inclui incentivos fiscais?
- Incentivo e renúncia fiscal não é algo simples de se fazer, porque a gente tem que seguir a carga tributária do Estado de São Paulo e os tributos da cidade, senão a gente não consegue atender as necessidades dos serviços sociais. O serviço social é feito com o dinheiro de imposto para que a cidade possa compor o seu orçamento. Mas, desburocratizar, tratar com tapete vermelho o empresário que quer vir para Ribeirão Preto. Inclusive, nós vamos abrir um escritório de negócios, depois que a prefeitura mudar para o Centro Administrativo, que vou construir na avenida Paschoal Innechi, vou continuar com a obra, nós vamos fazer um escritório de negócios na rua Américo Brasiliense, um hub de negócios, com coworking municipal e um escritório de negócios na Capital para trazer novas empresas para Ribeirão Preto. Ribeirão é uma cidade de oportunidades. Ribeirão está gerando emprego acima da sua média. Foram 5.207 novas vagas de janeiro a julho. Ribeirão abriu 12 mil CNPJs novos. Foi divulgado inclusive aqui no site do g1, de janeiro até o mês de junho. Então, Ribeirão Preto vai continuar investindo para que a gente tenha mais empresas, mais emprego e mais geração de renda.
Na área de assistência social, o senhor tem planos de construir a Casa da Mulher destinada a vítimas de violência. Como seria isso e quanto tempo leva para começar a funcionar?
- Esse imóvel, tanto pode ser construído, quanto alugado. Importante que ele seja equipado de forma segura e, mais do que isso, que as mulheres vítimas de violência, que têm que se separar da sua casa, tenham todo o conforto necessário, toda a paz necessária, para poder vencer essa agressão, essa violência que sofreu, no tempo que precisar, e poder voltar para sociedade depois com a vida mais reconstituída e sem esses traumas. Nós vamos investir numa casa de muito conforto, de muita luz, equipada, para que a mulher tenha, inclusive lá dentro, condição de se ressocializar, com cursos profissionalizantes, com oportunidades no mercado, economia criativa, vamos apoiar a mulher em todos os aspectos.
Em um eventual mandato, seria logo no primeiro ano de governo?
- Ah sim, isso não tem dificuldade de fazer. Precisa de vontade política, dinheiro no orçamento tem, e a gente vai, com certeza, dar um conforto muito grande para as mulheres vítimas de violência, no acolhimento, principalmente.
Na questão da mobilidade, o seu plano cita a construção de pontes para interligar bairros. Quantas pontes seriam e em quais bairros?
- Nós temos já obras para se concluir. Nós temos as próprias pontos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), ponte sobre a Via Norte, a ponte que será construída na segunda faixa da avenida Presidente Kennedy, ligando a avenida Alzira Couto Machado, na City Ribeirão, a ponte que vai ligar a avenida Leão XIII até a avenida Portugal, isso vai, realmente destravar o fluxo em gargalos que temos no trânsito, principalmente, no final do dia.
O senhor quer revitalizar 30 praças por ano em Ribeirão. Já há algum cronograma para isso e por onde começar em um eventual mandato?
- Preciso ganhar a eleição, assumir, reunir a melhor equipe, e ver por prioridade, quais estão em estado mais precário para que a gente comece essa revitalização. Mas, vamos sim cuidar, em quatro anos, de todas as praças de Ribeirão Preto, para que a gente possa ter de volta a população frequentando.
Como seria o plano de Macrodrenagem que está nas suas propostas de governo?
- Ribeirão Preto teve muitas obras de mobilidade, junto com elas, diversos trechos de novas tubulações que estão levando aí, tanto micro, que levou à macro. Ribeirão Preto não tem hoje problemas com alagamentos, o maior deles está sendo resolvido, que é na região da rua Bernardino de Campos, Rui Barbosa, que vem lá da avenida Nove de Julho. Essa obra deve ser concluída até o final do ano. Nós vamos continuar fazendo o desassoreamento de rios, dragagem e preparar a cidade com o alargamento de alguns canais, para que a gente não tenha acontecimentos climáticos que possam afetar Ribeirão Preto e voltar aos tempos das enchentes.
Tem algum custo previsto já para isso?
- Todo investimento depende de estudos técnicos e que faremos no decorrer do nosso governo.
Na educação, o senhor quer ampliar a pré-escola para período integral. Isso seria em todas as escolas e já em um eventual primeiro mandato?
- Sim, mas não em todas. Nós vamos ampliar em 50%. Hoje nós temos 3 mil vagas em tempo integral, queremos passar para 6. Vamos construir mais 12 escolas no padrão Educandário, ao longo do governo, que tem de 0 a 5 anos também, o período integral. Vamos fazer a primeira escola clínica que vai atender crianças com transtorno do espectro autista. São as evoluções, além de aumentar a atenção da educação especial, aí sim, em todas as escolas.
Na habitação, o senhor tem planos de fazer parcerias com o setor privado para construção de casas, além de buscar recursos com os governos. Há alguma meta em números para a construção de unidades habitacionais?
- A casa tem um custo e ele pode ser reduzido com os programas que você tem em mãos. A maior solução que a prefeitura encontrou é a que escriturou 2 mil novos terrenos na cidade, que colocou R$ 5 milhões no nosso caixa. A prefeitura dá o terreno, o Minha Casa, Minha Vida dá o subsídio e o Cheque Paulista completa essa conta, abaixando o preço do preço do imóvel, para que a prestação caiba no bolso daquele que mora em submoradia, que não pode pagar um financiamento comum. Então, essa é a receita que dá certo e nós vamos doar mais áreas na cidade para que o governo do estado e o Minha Casa, Minha Vida, junto com as construtoras, abaixem o valor da casa, diminuindo assim o valor da parcela e, para aqueles que são do CadÚnico e aqueles que são aposentados, puderem ter, inclusive, a tarifa quase que zerada dessa prestação.
Dá para falar em uma meta em número de unidades habitacionais?
- Nós precisamos corrigir uma ausência de 15 mil novas moradias nesse padrão.
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