Após três mandatos, o vereador Marcos Papa (Pode), não conseguiu a reeleição para Câmara de Ribeirão Preto mesmo tendo mais votos do que nove parlamentares eleitos no primeiro turno das eleições 2024, realizado no último domingo (6). Papa recebeu 3.518 votos e ficou fora do Legislativo a partir de 2025.
Outros candidatos mais votados do que alguns vereadores eleitos e, que mesmo assim, ficaram de fora, são a professora da USP (Universidade de São Paulo) Annie Hsiou (Psol), com 3.041 votos, Sérgio Zerbinato (PSDB), com 2.839 votos, Gláucia Berenice (REP), com 2.838 votos e Rodrigo Simões (PSDB), com 2.726 votos.
Papa afirma que a votação foi dentro do esperado. “Nós tivemos mais votos que muitos eleitos, mas o desempenho do partido não foi bom. Vamos manter a força dessa votação para continuar cuidando da nossa cidade”, afirma o vereador.
O parlamentar afirma que, após o término do atual mandato, vai continuar trabalhando com pautas ligadas ao meio ambiente e mobilidade urbana. “Repito que Ribeirão Preto é uma cidade boa de se viver, eu só quero que seja boa para todos”, completa.
Sem reeleição
Os vereadores Gláucia Berenice e Sérgio Zerbinato, que também não conseguiram a reeleição, mesmo com boa votação, se manifestaram pelas redes sociais nesta segunda-feira (7).
Após quatro mandatos, Gláucia, que ficou como suplente do partido, afirmou que o resultado não marca o fim da jornada. “Mas o início de uma caminhada ainda mais forte, com a certeza de que a luta por um futuro mais justo e digno para todos continua”, escreveu.
Já Zerbinato afirmou que o período no Legislativo foi de desafios e agradeceu aos eleitores pelos votos – o parlamentar não conseguiu uma cadeira por 12 votos.
Outros vereadores que não foram reeleitos foram França (PSD), Ramon Faustino (PDT) e Renato Zucoloto (PP). Elizeu Rocha (PP) e Bertinho Scandiuzzi (PSD) não concorreram. Já Alessandro Maraca (MDB) é candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Silva (PSD).
Como um vereador é eleito?
Os vereadores são eleitos no sistema proporcional de votação. Os votos válidos são computados para os partidos ou coligação e, em uma segunda etapa, os de cada candidato.
Os resultados são obtidos por meio dos cálculos de quociente eleitoral e quociente partidário. Para se eleger vereador, o candidato ou candidata precisa ter votação equivalente a, pelo menos, 10% do quociente eleitoral e depende do partido ou federação atingir o quociente partidário.
O quociente eleitoral é definido pela soma do número de votos válidos, votos de legenda e votos nominais, excluindo-se os brancos e os nulos, dividida pelo número de cadeiras em disputa. Apenas partidos isolados e coligações que atingem o quociente eleitoral têm direito a alguma vaga.
O quociente partidário é o resultado do número de votos válidos obtidos pelo partido isolado ou pela coligação dividido pelo quociente eleitoral. O saldo da conta vai ditar quantas cadeiras serem ocupadas pelo partido.
Após as contas dos quocientes partidário e eleitoral, verifica-se quais são os mais votados dentro de cada partido isolado ou coligação.
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