O juiz Nelson Augusto Bernardes de Souza, de Campinas, também pediu para deixar a análise dos processos da Operação Sevandija, deflagrada em setembro de 2016 em Ribeirão Preto. Esse é o sexto juiz a recusar o caso.
A decisão de Nelson Augusto foi publicada na edição desta sexta-feira (3), do Diário da Justiça Eletrônico. De acordo com o apurado, o juiz alegou suspeição, mas o motivo ainda é desconhecido.
A partir de agora, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), deverá designar outro juiz para análise dos processos.
Outros juízes
Antes dele, os juízes Sylvio Ribeiro de Souza Neto, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Guacy Sibille Leite, da 3ª Vara Criminal e Ilona Marcia Bittencourt Cruz, da 5ª Vara Criminal também não aceitaram as designações. Assim como, o juiz Hélio Benedini Ravagnani, da 2ª Vara Criminal de Sertãozinho.
Já o juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal, que acompanhou o processo desde o início, deixou a Sevandija após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anular as escutas telefônicas do caso.
STF considerou legais provas da Sevandija
Em abril deste ano, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), acatou recurso da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, e considerou legais as provas colhidas durante a Operação Sevandija, que apontou casos de corrupção envolvendo políticos de Ribeirão Preto.
Houve entendimento de que as autorizações de interceptação telefônica, que haviam sido considerados ilegais pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), foram fundamentadas pela Justiça de Ribeirão Preto.
O advogado Flaviano Adolfo de Oliveira Santos, autor do pedido que suspendeu as escutas telefônicas, entrou com recurso para anular a decisão.
Anulação
A anulação das escutas telefônicas partiu de um pedido do ex-secretário na gestão de Dárcy Vera, Marco Antônio dos Santos, que pediu a anulação da ação penal, por considerar que as decisões que permitiram o prolongamento das escutas telefônicas não teriam fundamentação.
Vale ressaltar que a ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera nega qualquer envolvimento nos esquemas denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
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