Mesmo com a concessão do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, para o consórcio VOA SP, que assumiu o aeródromo na última semana, o terminal de cargas segue em um impasse.
Isso porque, o empreendimento, construído pela Tead Brasil no início dos anos 2000, não foi objeto da concessão e permanece sob responsabilidade do estado até 2025, quando termina o contrato de concessão.
Questionada pela acidade on, a Secretaria Estadual de Transportes não informou quais são os planos para o local.
Reclamação
O presidente da Tead Brasil, Carlos Ernesto de Campos, reclama da concessão do Leite Lopes realizada pelo governo estadual. Ele afirma que o investimento que foi realizado por ele no terminal de cargas não trouxe retorno.
“Eu fiz um investimento nesses 15 anos de mais de R$ 50 milhões e não recebi nenhum tostão”, declarou. Ele pretende cobrar R$ 200 milhões de indenização. “O contrato previa a operação de cargas internacionais e o aeroporto nunca teve condição para isso”, declarou.
Briga na Justiça
Em 2019, em batalha judicial com o Daesp (Departamento Aeroviário de São Paulo), ficou determinada a suspensão da cobrança de taxas para a empresa, enquanto não é resolvida a questão da internacionalização.
Enquanto isso
Na última semana, o acidade on revelou que a Prefeitura de Ribeirão Preto estuda a implantação de um porto seco para atividades aduaneiras, uma espécie de “porto seco”. O local escolhido fica em parte da área do Parque Permanente de Exposições.
A informação é do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), que participou no último sábado (5), da assinatura da concessão do Leite Lopes ao Consórcio VOA SP.
“Estamos estudando a implantação de um polo aeroportuário em parte da área do Parque Permanente de Exposições para ser um porto seco de atividades aduaneiras e pensar nas oportunidades de voos para a América Latina”, disse o Prefeito.