Aguardada por famílias do Jardim Pedra Branca, na zona Leste de Ribeirão Preto, desde 2018, o novo prédio da escola municipal Domingos Angerami ficou mais caro porque a prefeitura não colocou a instalação de uma caixa d’água no projeto da licitação para construção do imóvel.
A situação tem sido discutida em reuniões da comissão permanente de Administração, Planejamento, Habitação, Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal, que acompanha o andamento da construção do prédio.
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Custo
A falta da caixa d’água foi admitida pela própria secretaria da Educação, que informou que foi constatada uma inconsistência na planilha orçamentária que acompanha o projeto executivo da obra. Por isso, um aditivo de R$ 1,1 milhão no projeto, orçado inicialmente em R$ 6,1 milhões, precisou ser realizado, ainda no início da construção.
Além disso, o aumento levou em consideração outros itens, como ajustes da própria implantação do projeto para instalação de energia elétrica e da iluminação externa do empreendimento.
Falha no projeto
“É um projeto padrão do FDE (Fundação Para Desenvolvimento da Educação, do governo estadual) […] ele vem com o corpo do prédio todo pronto, inclusive com as planilhas orçamentárias, para gente fazer a atualização vigente da época da planilha”, explicou o gestor do contrato, Alexandre Queiroz, em reunião no Legislativo.
De acordo com ele, os projetos das novas escolas construídas no município já contam com os itens que faltavam no projeto da Domingos Angerami.
Conclusão
A empresa responsável pela obra é a W. Andrade Construtora, Engenharia e Serviços Eireli. Segundo a prefeitura, a construção falta 6,5% para que possa ser concluída. A obra foi iniciada em abril de 2020 e, inicialmente, tinha previsão de 12 meses para ser concluída.
A expectativa é que a obra seja entregue no próximo 26 de setembro. Caso o prazo não seja cumprido, a prefeitura prevê multa e rescisão do contrato.
Pagamentos
Na última quinta-feira (30), em nova reunião da comissão da Câmara de Ribeirão Preto, o presidente da W. Andrade, Ênio Andrade, disse que sofreu com problemas de pagamentos ao longo da obra. “Os atrasos foram causados, principalmente pela parte financeira, não por desleixo, para deixar a obra abandonada por parte da construtora”, disse.
O empresário disse que a caixa d’água vai ser instalada no mês de julho. Após essa etapa, terá início a fase de acabamento do imóvel, como pintura, por exemplo. “Se não fosse a parte financeira e a pandemia, eu teria entregue essa obra em 12 meses”, disse.
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