O secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Jorge Lima, afirmou que Ribeirão Preto não pode depender de apenas uma vocação na economia. Em entrevista ao acidade on Ribeirão, o secretário afirma que o título de Capital do Chope e das Cervejas Artesanais pode facilitar o desenvolvimento dessa indústria na cidade.
Jorge Lima esteve em Ribeirão Preto na última semana para participar da abertura da Feira Internacional do Livro, do qual é o patrono na edição de 2024. Na ocasião, ele revelou que negocia com investidores estrangeiros a construção de um bairro inteligente, inspirado em modelos vistos em outros locais do mundo.
Polo de saúde
Segundo o secretário, o “polo de saúde de Ribeirão Preto está bastante adiantado”. Contudo, ele afirma que a cidade deve ter outras vocações. “Eu não gosto de lugar nenhum que tem uma vocação só, é igual empresa. Se a sua empresa tem 80% de faturamento de um só cliente, você está na linha de tiro. Porque, se ele quebrar, você quebra”, afirma Jorge Lima.
Ribeirão Preto tem duas vocações muito claras: o agro, que é o todo poderoso, a gente conhece, tem as usinas. Porém, você tem outras alternativas, como o comércio de serviços de valor agregado
Para o secretário, o turismo pode ser uma das opções exploradas. “Você tem no entorno um potencial turístico enorme, que estamos desenvolvendo um projeto junto com o Sebrae, e tem essa capacidade de geração de valor agregado. Aqui cabe shoppings de alto padrão, restaurantes de alto padrão. Cabe mais, porque permite a atração de investimentos e aumentar o ticket”, declara.
Capital do Chope
Jorge Lima também comentou o título de Capital do Chope e das Cervejas Artesanais, declarado pelo governo estadual. Para ele, essa vocação de Ribeirão Preto precisa desenvolver uma cadeia produtiva e conversar com o consumidor.
“A cadeia de cerveja caiu muito em função do domínio de algumas, óbvio, a gente não discute o poderio de Heineken, de Ambev, do Grupo Petrópolis, mas você tem que olhar a cadeia e o mercado consumidor. Nós estamos tentando conversar com essas pessoas, para que transforme uma cadeia. A gente volte conversar isso como um arranjo produtivo completo”, disse.
“Eu adoro a ideia, porque Ribeirão Preto foi anos e anos conhecida pelo Pinguim. Era uma coisa que você podia falar em qualquer lugar do Brasil que o melhor chope do mundo era do Pinguim. E nós perdemos isso, de alguma forma. Então acho que tem que recuperar isso e estou disposto investir via SP Produz, eu preciso do interesse dos empresários. Acho que Capital do Chope facilita ainda mais fazer o desenvolvimento de cadeia e é uma vocação”, completa.
SAIBA MAIS
Confira a programação da Feira do Livro de Ribeirão Preto neste domingo
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