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PolíticaSenado aprova MP que inclui estudante de escola privada no Prouni

Senado aprova MP que inclui estudante de escola privada no Prouni

Medida provisória altera as regras do Programa Universidade para Todos (Prouni) e permite o benefício para estudantes de escolas particulares

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Senado aprova MP que inclui estudante de escola privada no Prouni – Foto: Marcello Casal jr. / Agência Brasil

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O Senado aprovou o texto da medida provisória que altera as regras do Programa Universidade para Todos (Prouni) e permite o benefício para estudantes de escolas particulares que não tiveram acesso a bolsas no ensino básico, mantendo a renda como critério de adesão.

Atualmente, apenas alunos bolsistas têm acesso ao programa, que permite a entrada de estudantes a universidades privadas em troca de isenções tributárias a essas instituições de ensino. Como o projeto sofreu alterações no Senado, a proposta precisará ser novamente votada pela Câmara.

A MP mantém a renda familiar como critério para o Prouni. As bolsas integrais de estudo são concedidas a estudantes com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio. Bolsas de 50% serão concedidas a quem tem renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos. Com a mudança, estudantes que não foram bolsistas mas que mesmo assim se encaixam nesses critérios poderão ter acesso ao programa, o que não ocorre hoje.

Uma mudança levantou críticas no Senado. O relator do projeto, Wellington Fagundes (PL-MT), devolveu um artigo incluído originalmente pelo presidente Jair Bolsonaro que dispensa a apresentação de documentos que comprovem as informações socioeconômicas prestadas pelos estudantes quando o governo pode coletar os dados diretamente nos sistemas do Executivo.

“Acredito que para fazer uma declaração falsa seria uma minoria porque a gente tem que acreditar na boa-fé dos brasileiros, das pessoas que já estão querendo cursar um curso superior”, disse o relator, defendendo o dispositivo como forma de simplificar e desburocratizar as inscrições.

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Para a oposição, no entanto, o dispositivo abre caminho para fraude, com a concessão de bolsas a quem tem condições de pagar uma faculdade privada. “Todos confiam na boa-fé do cidadão, mas precisamos ter um instrumento importante, que é saber de onde ele veio, qual é sua origem e se realmente ele está precisando, para que não tire a vaga de quem realmente precisa”, disse o senador Weverton Rocha (PDT-MA).

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