O ex-advogado do Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto, Sandro Rovani, sofreu a quarta condenação no âmbito da Operação Sevandija – trata-se de mais uma condenação por lavagem de dinheiro. O advogado é o único réu preso da Sevandija – ele está na Penitenciária Tremembé 2 desde 2017.
O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª vara Criminal de Ribeirão Preto, condenou Rovani “à pena de 27 anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado”. “Observo que o réu está preso preventivamente por outros processos e que nestes autos não foi decretada a sua prisão preventiva, então, nestes autos, autorizo o recurso em liberdade. ficando condicionada a progressão de regime à prévia reparação do dano ao erário público”, diz trecho da decisão publicada nesta quinta-feira (21).
O juiz ainda acatou um pedido do Ministério Público e fixou a reparação mínima aos cofres da Prefeitura de Ribeirão Preto em R$ 4,2 milhões. Para garantir essa reparação, o juiz determinou a perda de uma casa de propriedade de Rovani, localizado em um condomínio de luxo da zona Sul. Clique aqui e veja a decisão na íntegra.
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Júlio Mossin, advogado de defesa de Sandro Rovani, informou ao acidade on que considera a pena “desproporcional em todos os termos”. Segundo Mossin, no processo não ficou comprovada a lavagem de dinheiro. “Vamos recorrer”, disse.
Sobre o fato de Rovani ser o único réu preso na Sevandija, a defesa informou que aguarda o resultado de um recurso especial, protocolado na terceira instância, em Brasília.
Se somadas, as quatro condenações contra Rovani chegam a 67 anos de prisão. A acusação inicial é de participação em um esquema que, segundo a Operação Sevandija, desviou cerca de R$ 40 milhões da Prefeitura de Ribeirão Preto por meio de acordos com o Sindicado dos Servidores Municipais.
Também já foram condenados nesse esquema, Dárcy Vera (ex-prefeita), Wagner Rodrigues (ex-presidente do Sindicato) e Maria Zuely Librandi (ex-advogada do Sindicato). Essa investigação acabou sendo desmembrada em outros processos, fazendo com que Sandro tenha quatro condenações na Justiça de Ribeirão Preto.
Sandro na cadeia
Sandro Rovani foi preso logo na primeira etapa da Operação Sevandija, em 1º de setembro de 2016. Foi posto em liberdade em 8 de outubro, após se beneficiar de uma liminar do STJ (Supremo tribunal de Justiça), proferida em habeas corpus.
Com a deflagração da segunda fase da Sevandija, em 2 de dezembro, o advogado foi novamente preso, porém, não por mais de duas semanas, quando foi solto pela segunda vez
pela instância superior, no dia 15 de dezembro de 2016.
No ano seguinte, em 17 de março, o STJ cassou a liminar e, no mérito, negou a ordem pleiteada pelo ex-advogado do Sindicato dos Servidores, que voltou para o cárcere, e lá permanece até hoje – está preso há 5 anos e 4 meses.
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