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Política'Só Deus me tira daquela cadeira', reafirma Bolsonaro

‘Só Deus me tira daquela cadeira’, reafirma Bolsonaro

Presidente já havia dado a declaração na abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto; Neste sábado, ele discursou para fiéis evangélicos em Curitiba

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Presidente Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega / PR)

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Em discurso neste sábado (21) para centenas de fiéis evangélicos na 28ª Marcha para Jesus em Curitiba, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a dizer que “só Deus” o tira da cadeira que ocupa e reforçou: “nosso exército é o povo brasileiro”. A declaração já havia sido dada na abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto, no último mês de abril. 

Sem citar o ministro Alexandre de Moraes, contra quem ajuizou notícia-crime por abuso de autoridade, Bolsonaro ressaltou que é sua função, como chefe do Executivo, “fazer com que todo aquele que esteja fora das 4 linhas” da Constituição “venha para dentro da mesma”. 
 
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O presidente acumula embates com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente com Moraes, a quem já chamou de “canalha”. Para ministros da Corte, as ameaças de Bolsonaro são parte de sua estratégia eleitoral.

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No discurso em Curitiba, Bolsonaro voltou a falar sobre a liberdade – tema que invocou no encontro com o bilionário Elon Musk e se tornou ainda mais presente nos discursos do mandatário depois do perdão concedido ao deputado Daniel Silveira, condenado por ameaças à democracia e incitação à violência contra ministros do STF. “Todos nós daremos a nossa vida pela nossa liberdade. Esse é o bem maior de um país que se diz democrático”, afirmou, do alto do carro de som.

MARCHA PARA JESUS – O presidente viajou para a capital paranaense na sexta-feira, 20, para participar da 28ª Marcha para Jesus. No início da manhã, ele se reuniu com líderes evangélicos no Teatro Guairinha, no centro da cidade. Em seguida, caminhou até a praça Santos Andrade e subiu no trio elétrico que deu início ao evento, onde seguiu por todo o percurso da marcha até a Praça 19 de dezembro. Apoiadores exibiam bandeiras do Brasil e, entre elas, uma estampada com a palavra “liberdade”.

Na reunião com Musk, ontem, o chefe do Executivo disse que a possível compra do Twitter pelo magnata representa um “sopro de liberdade” para muitos usuários. Bolsonaro argumenta que a rede prejudica a liberdade de expressão com suas políticas de controle de conteúdo e alega que correntes de pensamento à direita são especialmente atingidas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, a marcha em Curitiba é a primeira de uma série de grandes eventos evangélicos que Bolsonaro irá participar. Há previsão também de o presidente comparecer a um encontro semelhante ao da capital paranaense em Manaus (AM), no dia 28, e em Cuiabá (MT), em 18 de junho.

Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu 9 pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu 4. 

Bolsonaro na Agrishow (Foto: Igor Abreu / acidade on)

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