O engenheiro responsável pela operação dos semáforos inteligentes, o ITS, em Ribeirão Preto, disse que “vai ser uma pena” se a cidade não concluir as próximas duas etapas do sistema. Os representantes do Consórcio ITS participaram, nesta quarta-feira (29), da reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura a implantação do sistema.
O Consórcio ITS é formado pelas empresas Sigma Engenharia, Kapsch TrafficCom e Sitran Sinalização de Trânsito, e já recebeu cerca de R$ 20 milhões para conclusão dos serviços. Participaram da reunião da CPI Ailton Luiz Faria, representante do consórcio, e Luiz Carlos Mathias, o engenheiro responsável pelo ITS.
A CPI já ouviu o superintendente da RP Mobi, Marcelo Galli, o atual secretário de Obras de Ribeirão Preto, Walter Telli, e o ex-secretário de Obras Pedro Luiz Pegoraro. O colegiado é composto pelos vereadores Isaac Antunes (PL), presidente, Daniel Gobbi (PP), relator, e Jean Corauci (PSD), vice-presidente.
O que disseram na CPI?
Durante os depoimentos, os representantes afirmaram que a quantidade de fibra ótica contratada foi insuficiente para a interligação completa do sistema, o que impactou o funcionamento da rede de comunicação entre os equipamentos.
E, entre os problemas apontados pelos representantes do consórcio, está a obstrução dos tubos para instalação dos cabos de fibra óptica. De acordo com eles, as informações utilizadas são transmitidas via 3G, o que impede o funcionamento de 100% dos serviços.
Isso porque, a transmissão da câmera de monitoramento do trânsito depende do cabeamento, já que não é possível transmitir por internet móvel. “Precisamos da desobstrução [tubos de fibra óptica] para finalizar a obra”, disse Luiz, que afirma que os problemas foram verificados em 12 controladores e 23 cruzamentos.
Entre as sugestões apresentadas pelo consórcio para solucionar o problema, já que o cabeamento de fibra óptica ainda não alcança o CCO (Centro de Controle Operacional), localizado na sede da RP Mobi, seria a utilização da fibra óptica aérea da Coderp para conexão completa do sistema.

Comparação com Buenos Aires
O engenheiro comparou a situação de Ribeirão Preto com Buenos Aires, que também implantou o ITS por etapas. “O CCO é a alma do sistema ITS, que é o mesmo usado em Buenos Aires, Cidade do Panamá, Barcelona, Madrid, Nova York. É um sistema robusto, testado”, disse.
Luiz Carlos Mathias ainda afirmou que o que foi contratado pela prefeitura está funcionando e sugeriu que o município conclua as outras duas etapas do sistema – a licitação da segunda fase do ITS foi suspensa pela gestão Ricardo Silva (PSD).
“O sistema é robusto. É bem feito. Vai ser uma pena, falo isso como técnico, se a cidade não concluir os outros módulos. É um sistema robusto, testado em outras cidades e que funciona. Vocês poderiam ter toda a gestão da cidade, transporte público, no sistema”, completou.
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