O Instituto Butantan vai substituir doses da CoronaVac, que pertencem aos lotes que foram suspensos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ribeirão Preto recebeu 65,4 mil vacinas de dois lotes interditados e aplicou 58 mil doses na população.
Segundo o Governo de São Paulo, parte das novas vacinas, que foram produzidas pelo próprio Butantan, a partir do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) proveniente de fábrica chinesa vistoriada pela Anvisa, será entregue para o ministério da Saúde na quinta-feira (15).
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Além disso, um novo lote com 5 milhões de doses prontas chegará a São Paulo na próxima semana. Essas vacinas também foram produzidas na fábrica da Sinovac certificada pela Anvisa, que também serão incluídas na troca das doses de lotes que tiveram o uso suspenso.
Questionada nesta terça-feira (14) sobre o que será feito em relação as pessoas que tomaram vacinas dos lotes suspensos, a secretaria estadual da Saúde não respondeu até a publicação da matéria.
Na última semana, a pasta a informou que quem recebeu doses dos lotes suspensos devem ser observados pelas prefeituras que aplicaram as vacinas pelo período de 30 dias, como medida preventiva de segurança.
Lotes suspensos
Em comunicado, o Instituto Butantan informou que mantém uma força-tarefa, junto à Anvisa, para liberação dos lotes interditados. O instituto já enviou documentação e novos dados serão encaminhados pela NMPA, órgão equivalente à agência regulatória na China.
Já a última manifestação da agência sobre o caso foi na quarta-feira (8), quando informou que solicitou que o Butantan apresente novos documentos. Além disso, a Anvisa informou que deve enviar técnicos para China vistoriar os laboratórios.
O que diz o Butantan?
O Instituto Butantan informou que a medida da Anvisa não deve causar pânico. O órgão ressaltou, em nota, que foi o responsável por informar a Anvisa sobre a situação “por compromisso com a transparência e por extrema precaução”. De acordo com o Butantan, as doses recebidas foram testadas e são seguras para a população