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vacinasClínica particular cria lista de espera para vacina da covid-19

Clínica particular cria lista de espera para vacina da covid-19

Rede particular de Ribeirão Preto tenta a importação da Covaxin, sem aprovação da Anvisa, no momento em que apenas grupos prioritários estão sendo vacinados

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A Covaxin é produzida pelo instituto indiano Bharat Biotech, e ainda não foi testada no Brasil (Foto: R. Ragu)

 

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Uma clínica particular de Ribeirão Preto criou listas de espera, direcionadas a pessoas que têm interesse de se vacinar contra o novo coronavírus, e já recebeu cerca de 10 mil inscrições para a possível compra do imunizante Covaxin, produzido pelo laboratório indiano Bharat Biotech.   

A medida, no entanto, ainda não é certa e depende de diversos fatores, uma vez que apenas o plano de vacinação destinado ao SUS (Serviço Único de Atendimento) foi liberado pelas autoridades e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância) ainda estuda a aprovação desta variante.  

De acordo com Éder Minari, médico responsável pelo centro médico, o objetivo é que a rede privada de Saúde tente a importação da fórmula produzida na Índia e desafogue a procura pela Coronavac e a vacina de Oxford, já liberadas para uso emergencial em grupos prioritários. 

“O que acontece é que alguns laboratórios já estão pensando em separar uma cota para ser comercializada. É nessa cota que nós estamos entrando, na expectativa de tentar a importação. Se essa vacina não vier para o serviço público, ela pode ser comercializada”, disse o médico. 
 
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Responsável por outra clínica particular do município, Marcelo Roveri também é a favor da importação do imunizante da Bharat Biotech.

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“É um instituto sério que já tem 30 anos de experiência e que exporta para muitos países. São parceiros de Oxford. Isso nos deu bastante confiabilidade para lidar com o insumo. Vamos acertar detalhes para formalizar as negociações como preço, data e demanda”, declara.

Testes

A Covaxin está sendo testada na fase 3 no país asiático, e possui eficácia comprovada e evidências de que não ocasiona efeitos colaterais graves. Além disso, também foi comprovado que ela produz anticorpos contra o novo coronavírus.

No início de janeiro, o CNS (Conselho Nacional de Saúde) criticou a proposta da rede privada. Em uma carta, o conselho considerou que “é inadmissível permitir que pessoas com dinheiro pulem a fila de vacinação”.

A ABVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas) negocia diretamente a importação das doses com o laboratório indiano. Contudo, ainda não há uma data prevista para que o imunizante chegue ao país.

Preocupação

O infectologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, Fernando Bellissimo, diz que ainda não é o momento de uma vacina ser oferecida pela rede privada.   

Atualmente, o médico é um dos coordenadores da vacinação no Hospital das Clínicas (HC).

“A gente vê com preocupação as clínicas privadas estarem nesse momento disputando mercado com o programa nacional de vacinação, que visa oferecer gratuitamente a vacina da Covid-19 para os grupos prioritários. Eu acho que vai chegar um momento em que o programa nacional vai ter imunizado as pessoas de maior risco e aí sim as clínicas privadas poderão ofertar para as pessoas que não são grupo de risco”, avaliou (Com EPTV).  
 
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