Ao menos 37 pessoas, moradoras em Ribeirão Preto, teriam tomado vacinas da AstraZeneca vencidas. No Brasil, o imunizante é distribuído pela parceira entre a Fiocruz e Oxford.
A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo, no início da tarde desta sexta-feira, 2 de julho. Confira aqui a reportagem completa da Folha. Os dados mostram que cerca de 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em posto de Saúde de todo o Brasil.
Os lotes com imunizantes vencidos são os seguintes: 4120Z001 (venceu em 29 de março), 4120Z004 (venceu em 13 de março), 4120Z005 (venceu em 14 de abril), CTMAV501 (venceu em 30 de abril), CTMAV505 (venceu em 31 de maio), CTMAV506 (venceu em 31 de maio), CTMAV520 (venceu em 31 de maio) e 4120Z0254 (venceu em 4 de junho). O lote pode ser consultado no certificado entregue no momento da vacinação.
Até o dia 19 de junho, as vacinas vencidas teriam sido usadas em 1.532 municípios brasileiros. Abaixo você vê os locais em Ribeirão Preto que teriam aplicado as vacinas vencidas.
A reportagem questionou a secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, responsável pela distribuição das doses da vacina contra a covid-19 no município. Em nota, a Saúde disse que vai investigar o caso -> Clique aqui e saiba tudo que a Prefeitura falou.
Veja abaixo o posicionamento do Ministério da Saúde sobre o caso:
“O Ministério da Saúde informa que nenhuma dose de vacina é entregue aos estados e Distrito Federal vencida. A pasta acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas Covid-19 recebidas e distribuídas pela pasta. Conforme pactuado com Conass e Conasems, as doses entregues para as Centrais Estaduais devem ser imediatamente enviadas aos municípios pelas gestões estaduais. Cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo à risca as orientações do Ministério.
Segundo a orientação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), caso alguma vacina seja administrada após o vencimento, essa dose não deverá ser considerada válida, sendo recomendado um novo ciclo vacinal, respeitando um intervalo de 28 dias entre as doses. O vacinado deverá ser acompanhado pela Secretaria de Saúde local.”