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CoronavírusAnálise para determinar presença da ômicron em São Carlos fica pronta na 2ª

Análise para determinar presença da ômicron em São Carlos fica pronta na 2ª

Situação tem potencial para ficar grave na cidade, avalia sanitarista; São Carlos teve mais casos em janeiro do que nos últimos quatro meses de 2021

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Centro de Triagem no Milton Olaio ficou lotado em reabertura nesta quarta. Foto: ACidade ON São Carlos
Centro de Triagem no Milton Olaio ficou lotado em reabertura nesta quarta. Foto: ACidade ON São Carlos

São Carlos deve ter na próxima segunda-feira (10), os primeiros resultados da análise genômica de determinação das variantes em circulação na cidade, segundo a Prefeitura. Amostras de pacientes positivados foram enviadas para laboratório especializado da Unesp de Botucatu.

O envio de amostras ao centro de pesquisas foi revelado pelo secretário de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo, durante audiência na Comissão de Saúde da Câmara Municipal.

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É grande a possibilidade de a variante ômicron estar na cidade, na opinião do médico sanitarista e professor de medicina Rodolpho Telarolli Júnior. Os números de positivados nos primeiros dias de 2022 mostram que há grande disseminação do novo coronavírus no município, em escala preocupante.

“Isto é resultado da circulação da variante Ômicron, que posso arriscar que responde por dois terços dos casos que temos hoje. São casos de quadro clínico mais leve, mas com uma transmissibilidade absurda de tão rápida. É muito transmissível. Isso fez com que a cidade de São Carlos ultrapassasse a barreira de 700 casos da doença desde 1º de janeiro”, avalia.

A situação em São Carlos não é das melhores. O município tem nos primeiros dias de janeiro a maior média diária de novos casos de Covid-19 desde o começo da pandemia, em março de 2020. Com 769 positivados até ontem (6), é como se a cidade tivesse um caso a cada 11 minutos.

Os números são da Vigilância Epidemiológica de São Carlos e foram compilados pelo portal acidade on.

A incidência de Covid-19 em janeiro quase se iguala com as somas de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado. Foram 771 casos nos últimos quatro meses do ano.

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A média diária de novos casos nos seis primeiros dias do ano é de 128,2. São oito pacientes por dia a mais do que o mês de março do ano passado, ocasião em que houve uma explosão na disseminação do vírus na cidade, efeito das festas do final do ano anterior. Naquela época, foram calculados 120 casos ao dia.

“Esse é um resultado não só da variante ômicron, mas das aglomerações, festas de Natal, réveillon, viagens de férias nas praias. As pessoas baixaram bem a guarda em relação às medidas de distanciamento social, manutenção de distância, uso de máscara, higiene pessoal”, salienta.

Diferentemente do que ocorreu nos piores momentos da pandemia na cidade, o início de janeiro não teve registro de morte por Covid-19. A última, em 31 de dezembro, vitimou uma idosa. Porém, São Carlos tem sofrido uma escalada na taxa de lotação dos leitos de UTI geridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Há, inclusive, estudos para a ampliação da capacidade da ala de extrema gravidade.

Para o sanitarista, a cidade precisa se preparar bem para a pressão que uma possível onda de Covid-19 pode causar no sistema público de saúde.

“Agora há que se criar novos leitos de UTI, novos leitos de semi-intensivo, leitos de internação hospitalar para pacientes com Covid, ambulatórios especializados em Covid, UPAs para atendimento a pacientes. Tudo aquilo que foi desmontado nos últimos meses terá que ser recriado a toque de caixa rapidamente, o que não é fácil, pois além da estrutura material que já tem e foi comprado, temos recursos humanos que precisam ser recontratados, o que nunca é fácil. É correr atrás de uma situação que tem potencial para se tornar mais grave”, finaliza.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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