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CoronavírusCasal infectado pela variante XQ não tomou 3ª dose da vacina

Casal infectado pela variante XQ não tomou 3ª dose da vacina

Amostras foram encontradas em casal de São Paulo, que não tem histórico de viagem, segundo o Butantan; recombinante surgiu na Europa

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Foto: Divulgação/Instituto Butantan
Foto: Divulgação/Instituto Butantan

A Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2, coordenada pelo Instituto Butantan, identificou mais uma variante recombinante da ômicron na 16ª Semana Epidemiológica. Trata-se da XQ, que surgiu a partir de uma mistura das sublinhagens BA.1.1 e BA.2, e foi encontrada em amostras de um casal sem esquema vacinal completo, ou seja, sem a terceira dose da vacina na cidade de São Paulo.

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O casal relatou sintomas comuns da Covid-19 como febre, dores de cabeça, no corpo e na garganta durante o feriado de Páscoa. A coleta foi feita na região sudeste da cidade de São Paulo.

A XQ surgiu na Inglaterra e na Holanda, mas a maior quantidade de casos vem do país britânico. Os bioinformatas da Rede de Alerta de Variantes do Instituto Butantan, Alex Ranieri e Gabriela Ribeiro dizem que as duas amostras sugerem que a nova variante já está em circulação no Brasil.

“O casal não tem histórico de viagem e também não teve contato com pessoas que viajaram para estes países. A variante recombinante pode ter sido trazida por outras pessoas e, de fato, acabou se espalhando”, afirma Alex.

Mas isso não é motivo para preocupação, segundo os bioinformatas. É esperado que essas variantes se espalhem, dada a quantidade de recombinantes que já foram reportadas até o momento, principalmente no período de alta da ômicron.

“As pessoas não precisam ficar apreensivas com essas recombinantes porque é um processo do vírus que acontece naturalmente. É importante continuar com as medidas de precaução como o uso de máscaras em lugares fechados, lavagem das mãos, uso de álcool gel e seguir a vida tranquilamente”, diz Gabriela.

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Variante XE
Em março, a Rede de Alerta das Variantes do Butantan identificou o primeiro caso da variante XE no Brasil. Um homem de 39 anos, morador de São Paulo e com esquema vacinal completo, apresentou sintomas leves e realizou tratamento e isolamento domiciliar.

A variante recombinante XE é uma combinação das variantes BA.1 e BA.2, duas linhagens da cepa ômicron. Ela foi descoberta primeiramente no Reino Unido, onde foram notificados mais de 600 casos até o final de março.

Sobre variantes recombinantes
Quando uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens ocorre, a cepa resultante é chamada de variante recombinante. Para que isso aconteça, é necessário que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens ao mesmo tempo e que o evento de recombinação ocorra, algo mais difícil de acontecer, mas que se torna possível diante da alta circulação de variantes da Covid-19.

Por definição, a recombinante também é uma variante, já que a recombinação é um tipo de mutação. Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, sobretudo na Europa, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome, como XD, XE e XQ. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais conhecida como deltacron, seguindo em ordem alfabética até XU.

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