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CoronavírusChegada de novas cepas em São Carlos é "questão de tempo", diz sanitarista

Chegada de novas cepas em São Carlos é “questão de tempo”, diz sanitarista

A identificação de duas variantes em Araraquara, cidade a 40 km de São Carlos, levanta questão sobre necessidade de endurecimento da quarentena

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Novas cepas em Araraquara preocupam estudiosos em São Carlos (Foto: Ilustrativa/Agência Brasil)

A chegada das novas cepas de Sars-CoV-2 em São Carlos (SP) é uma “questão de tempo”, segundo o médico sanitarista Rodolpho Telarolli Júnior. Na sexta-feira (12), Araraquara anunciou infecções por novas variantes do vírus e baixou lockdown a partir de segunda-feira (15).

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De acordo com o professor de saúde pública da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara, há a possibilidade de a nova variante já estar em circulação nas principais cidades da região central e nordeste paulista, como São Carlos, Rio Claro e Ribeirão Preto.

“Já havia essa suspeita de novas cepas circulando, da presença na região, pois os municípios não são estanques. Se está aqui (em Araraquara), está em São Carlos, Rio Claro, Ribeirão, no Estado todo. O perfil de pacientes mudou bastante, temos mais casos de pessoas jovens e percebemos que o vírus está se espalhando com rapidez”, comenta.

Para o médico, o lockdown imposto em Araraquara é uma medida acertada. Do ponto de vista técnico, Telarolli afirma que o mesmo poderia ser feito de imediato pela Prefeitura de São Carlos. Mas há implicações políticas e econômicas que não podem ser ignoradas pelos gestores municipais.

“No caso de Araraquara foi menos penoso para o prefeito diante das evidências do Instituto de Medicina Tropical da USP. Estava preto no branco e foi o momento de adotar medidas técnicas”. “Do ponto de vista estritamente técnico é momento de endurecer, sim. As duas cidades são praticamente gêmeas do ponto de vista de vida econômica. O que acontece lá, acontece cá com pouca diferença temporal”, enfatiza.

E prossegue. “Agora, se a Câmara Municipal e o prefeito (de São Carlos) vão ter condições de enfrentar a grita dos setores que vão ser prejudicados economicamente não dá para avaliar”.

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Para o professor, é uma questão de tempo a chegada das novas variantes do novo coronavírus. O Ministério da Saúde afirmou ontem que dez estados brasileiros identificaram a variante brasileira do Sars-CoV-2, chamada de P.1. Há cepas originárias do Reino Unido que estão em circulação no Brasil. Outra, da África do Sul, ainda não foi identificada no país.

“A história vai se repetir. Se não for agora, vai ser daqui a 15 dias ou mês. Tem sido sempre assim. É uma realidade”, opina.

Para o médico, há dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra as novas mutações. Telarolli indicou a necessidade de acelerar a campanha de vacinação, mas deixou aberta a possibilidade de serem necessárias novas campanhas futuramente.

“Temos que ver se (o novo coronavírus) não veio para ficar e teremos que fazer campanhas anuais de vacinação por conta das mutações que vão aparecer regularmente, como é o caso da gripe. De repente as medidas de distanciamento social devam ser incorporadas de maneira permanente”, comenta.
 
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