SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Apesar do fim das restrições de horário e de capacidade de público nos estabelecimentos comerciais e de serviço a partir desta terça-feira (17) em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 continuará obrigatório, inclusive em espaços abertos, ao menos até 31 de dezembro deste ano em todo o estado.
“O uso de máscara será continuamente obrigatório até o fim deste ano. Mesmo a partir de novembro quando entraremos em uma nova fase de flexibilização, as máscaras continuarão obrigatórias. As máscaras preservam, as máscaras salvam. Nós temos a expectativa de concluir todo o período vacinal, no final de outubro”, afirmou Doria.
A declaração foi feita em uma entrevista coletiva, na manhã desta terça, durante vistoria das obras da linha 6-laranja do metrô, na zona norte da capital paulista. O tucano reforçou que as máscaras “continuam a fazer parte de nossa indumentária” também por casa da variante delta do coronavírus, mais transmissível e com casos crescentes no estado. No Rio de Janeiro, a delta já representa 66% das amostras analisadas.
Doria prevê que em novembro a população poderá voltar a participar de eventos, por causa do aumento da população vacinada, como jogos de futebol, circo e shows. Ele também citou o Grande Prêmio de Fórmula 1, em Interlagos, na zona sul, que está com 40% dos ingressos, na faixa de R$ 600, vendidos. No próximo dia 26, começam as vendas dos 60% restantes. O número total de ingressos não foi informado.
Até a manhã desta terça-feira, cerca de 99% das pessoas com mais de 18 amos já estavam imunizadas, com a primeira dose contra o coronavírus na capital paulista e, 92,5%, no estado, segundo o governo estadual.
A capacidade protetora das máscaras varia conforme o tipo de material utilizado e a trama. Um estudo feito pela USP avaliou a eficiência de filtragem de diferentes tipos de máscaras vendidos no Brasil e concluiu que as máscaras N95 ou PFF2 são as mais indicadas, com eficácia acima de 98%, seguidas pelas de TNT ou cirúrgicas (entre 80% e 90%), e por fim as de pano, com média de 40%. As máscaras de tricô, com tramas abertas ou com tecidos sintéticos como lycra e microfibra não são eficazes na proteção (por volta de 15%).